Renan diz que governo quer falência dos produtores de álcool do NE

A decisão do governo Jair Bolsonaro de aumentar de 600 milhões para 750 milhões de litros a cota de álcool etílico a ser comprada dos EUA sem a alíquota de importação de 20%, trouxe sérias preocupações para os produtores do Nordeste brasileiro.

Portaria neste sentido foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União do último sábado com o aval do Ministério da Economia.

A medida atendeu principalmente aos interesses dos americanos, os maiores exportadores ao Brasil de etanol, produzido a partir do milho. Dados oficiais revelam que 99,7% do etanol importado pelo Brasil vem dos EUA.

O fato em si chamou também a atenção do senador alagoano Renan Calheiros (MDB), que divulgou ter entrado com um requerimento de informações no Senado, para “conhecer as razões obscuras do governo para ajudar produtores de etanol do EUA, condenando a nossa produção”.

O senador disse que é “incompreensível e inexplicada a subserviência do governo brasileiro aos Estados Unidos”. Segundo Renan, a medida tomada pelo presidente Bolsonaro salva as pequenas refinarias dos Estados Unidos, mas condena a falência os produtores brasileiros, notadamente no norte e nordeste.

O pior, para o senador, é que a maldade do governo se amplia quando há fortes sinais de que o produto importado dos americanos deverá ter como destino o mercado do próprio Nordeste.

Uma vez se confirmando, o resultado disso será o desastre da indústria nordestina do setor.

éassim