Durante sessão extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizada na quinta-feira (5), foi apresentado um painel sobre a situação financeira da instituição e uma nota de repúdio aos contingenciamentos orçamentários às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), realizados pelo governo Bolsonaro, em março deste ano.
Só a Ufal teve as verbas discricionárias contingenciadas em R$ 39,5 milhões. A nível nacional, o bloqueio do tipo de recurso foi de R$ 2,4 bilhões.
Durante a reunião do Consuni, foram apresentados à comunidade acadêmica os serviços que estão ameaçados de sofrer interrupção a partir dos meses de setembro e outubro por falta de verbas para custeá-los, entre eles estão: bolsas, segurança, limpeza, transporte, água e energia.
Confira a lista de serviços, empenho e possibilidade de interrupção:
Temerosa com a situação da Ufal, a reitora Valéria Correia solicitou uma reunião com o Ministro da Educação para pedir a suspensão do bloqueio orçamentário. A previsão da gestão da universidade é de que a reunião aconteça ainda este mês, mas não há uma data marcada.
Durante a reunião do Consuni, Valéria Correia informou que a Ufal deve cumprir, ao menos, o início do calendário acadêmico de 2019.2, previsto para começar no dia 23 de setembro.
"A gente está passando por um governo que despreza a ciência, que despreza o conhecimento, que despreza a soberania do país, que despreza o meio ambiente, e como eu tenho sempre dito, são retrocessos de um marco civilizatório", afirmou a reitora Valéria Correia.
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