Polícia

Gazetaweb - wanessa oliveira

Três proprietários de bares em Alagoas foram presos, no final da noite dessa quarta-feira (13), acusados de explorarem serviços de prostituição. As prisões são fruto de uma operação conjunta, que ocorre durante todo este mês de maio, e conta com a participação da 28ª Vara do Juizado de Menores – sob determinação do juiz Fabio Bittencourt -, a Polícia Rodoviária Federal de Alagoas (PRF), e o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).

De acordo com o coordenador fiscal da 28ª Vara, Rodrigo Tenório, a operação tem como objetivo principal combater a prostituição infantil. “No entanto, quando encontramos casos de prostituição – mesmo de maiores – também lacramos a casa e os proprietários ou gerentes são detidos”, completou. Até o momento, doze pessoas foram presas em doze estabelecimentos, entre bares e motéis.

Nesta noite, os três bares – localizados nos bairros do Clima Bom, Benedito Bentes e Village Campestre – foram lacrados, após a detenção de seus representantes. João pereira, 42, proprietário do bar “Ele e Ela”, localizado no Benedito Bentes, assegurou ‘não saber’ da proibição. “Pelo que soube, é proibida a prostituição infantil, mas de adultos, não sabia. Tenho esse bar há sete anos. Tantos bares por aí fazem isso há anos e nunca tiveram esse tipo de problema”, alegou.

Cícero Silva dos Santos, 38, proprietário do bar “Fogo da Paixão”, localizado no Village Campestre, e José Carlos Matias, do “Delirio’s”, localizado no bairro do Clima Bom, também utilizaram o mesmo argumento de que “não sabiam” que a prostituição é ilegal. “Muitas vezes, chegaram policiais lá para ver se tinham menores, e quando viam que não tinham, diziam que tudo bem”, alegou.

O delegado de plantão, Valter do Nascimento, responsável por colher o depoimento dos três acusados, adiantou que o desconhecimento da lei não pode ser uma justificativa para se cometer os delitos. O delegado acrescentou que o trio será enquadrado nos artigos 229 – que diz respeito à manutenção de casas de prostituição - e 230 – denominado ‘Rufianismo’, ou seja, tirar proveito da prostituição alheia, obtendo lucro direto-, ambos do Código Penal.