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13/05/2009 00:00:00

Polícia


Polícia

com alagoas24horas // flávia duarte

O aumento da criminalidade e a associação de crimes de homicídio com o tráfico de drogas levou a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas a investigar e coibir o tráfico doméstico de drogas no estado. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, dia 13, o superintendente da PF, José Pinto de Luna, aprensentou o material apreendido nas operações desencadeadas ontem e se disse alarmado com tráfico em Alagoas.

Em 40 dias de investigação, a Polícia Federal já apreendeu mais de 50kg de pasta base da cocaína em Alagoas. A quantidade é considerada alarmante pelo superintendente da PF, José Pinto de Luna. “A Polícia Federal a partir de agora passa a combater o tráfico de drogas no estado, em especial o crack que vem assolando todo o território nacional. Alagoas passar a ter índices preocupantes se compararmos a quantidade alarmante com o pequeno espaço territorial”, destacou Luna.

Em duas operações desencadeadas no dia de ontem, a PF apreendeu mais de 15,6kg de crack e mais 15,7kg de pasta base de cocaína que, após manipulada, renderia mais de 120kg de droga a ser comercializada no estado. Seis pessoas foram presas e a polícia acredita ter evitado a ramificação de mais duas quadrilhas em Alagoas.

Segundo informações do delegado Nilton Ribeiro, que comandou as operações, a primeira apreensão aconteceu no trevo da Barra de São Muiguel, quando o casal Carla Mendes dos Santos e José Marques Lisboa foram presos em flagrante com 15,6kg de crack escondidos por trás das lanternas de um Fiat Strada.

As investigações apontam que a droga viria de São Paulo e seria entregue ao homem identificado como José Cícero de Carvalho. O acusado portava identidade falsa e foi preso em casa. Na residência, a polícia encontrou R$ 1.990,00, além de duas pistolas (.40 e 380), uma delas de uso restrito, registrada em Pernambuco. José Cícero responderá pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, receptação, porte ilegal de arma de uso restrito, além de falsificação de documento.

Na segunda operação, na cidade Arapiraca, mais três pessoas foram presas, entre elas um homem que teria cumprido pena de nove anos, por crime de latrocínio, em São Paulo. Osmar Valter de Souza foi quem recebeu a droga trazida de Foz do Iguaçu, pelo casal Hamilton Pereira Filho e Thaís Bispo de Souza – ambos de cidades do interior da Bahia – e seria o responsável pela ramificação da quadrilha em Alagoas. Na casa de Osmar foi apreendida uma pistola de fabricação israelense.

“Conseguimos evitar que duas quadrilhas de fora se ramifiquem no estado. Há cerca de três meses estamos investigando e retomamos as ações de repressão ao tráfico. A disseminação do tráfico em Alagoas está no começo, mas já é preocupante, uma vez que grande parte dos crimes de homicídio estão associados ao tráfico. Esse tipo de apreensão faz parte do tráfico doméstico, que cabe as secretarias de segurança pública dos estados, mas é preciso que combata com políticas sérias. Entramos na investigação para evitar que cresça ainda mais de proporção e Alagoas se torne mais uma cracolândia. Já conversei com o Paulo Rubim e alertei que as polícias de Alagoas têm condições de fazer o mesmo tipo de apreensões”, destacou Pinto de Luna.

Homicídios

Com a apreensão de duas armas de uso restrito, a PF vai ainda investigar quais crimes acontecidos nas cidades de Marechal Deodoro e Arapiraca estariam associadas aos dois grupos que foram presos.

“Vamos solicitar da Defesa Social a relação de crimes daquelas regiões que tenham relação com o tráfico e através de exames balísticos saber se tem relação com estes grupos”, completou o superintendente.



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