25/04/2024 23:34:46

Municípios
25/08/2019 16:30:00

Municípios podem economizar até 70% com Reforma da Previdência


Municípios podem economizar até 70% com Reforma da Previdência

Municípios poderão economizar até 70% do que pagam hoje para suas previdências caso sejam incluídos na Reforma, aponta estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado pelo Estadão/Broadcast nesta quinta-feira, 22 de agosto. A matéria informa a apresentação dos dados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e ao relator da proposta na Casa, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, e integrantes do movimento municipalista têm atuado intensamente para convencer os parlamentares a incluir os governos regionais nas novas regras de aposentadoria. A matéria do Estadão lembra que “apesar de estarem em situação fiscal mais delicada, Estados e Municípios foram excluídos do alcance da Reforma durante a tramitação na Câmara dos Deputados”.

Agora, o Senado articula uma proposta “paralela” para reincluir os entes subnacionais sem atrasar o cronograma do texto principal – que teria de voltar à Câmara caso fosse alterado. O jornal menciona a peregrinação de Aroldi pelos gabinetes dos senadores em Brasília em busca de apoio à reincorporação de Estados e Municípios na proposta. “Os recursos economizados ficarão no caixa dos Municípios, no orçamento, para serem aplicados na população”, disse o presidente ao jornal. Contudo, ele reconheceu que há no Congresso uma expectativa por maior mobilização dos governadores.

Alíquotas 
O estudo da CNM mostra que muitos Municípios com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) estão tendo de arcar com alíquotas extras salgadas para fechar a conta das aposentadorias. A fatura adicional, que recai apenas sobre as prefeituras, existe porque essas cidades já têm um regime de capitalização implementado – as contribuições arcam os benefícios e, quando há desequilíbrio, o patrocinador é chamado a cobrir o rombo.

O jornal citou o exemplo de Santa Maria (RS) e Joinville (SC). O primeiro paga alíquota regular de 18% sobre a folha de pagamento e repassa outros 29,71% para equilibrar o rombo no regime. Sem mudanças nas regras, a fatura vai crescer mais porque a alíquota extra sobe ano a ano. Em 2029, ela alcançará 111,08% – mais que dobrando o custo da folha. Caso seja incluído na reforma, a redução será de 23,7%. Já Joinville, que tem regime previdenciário equilibrado, o custo teria redução de 69,9%, passando de R$ 248,9 milhões para R$ 74,9 milhões ao ano.

Mudança
A matéria aponta ainda que o estudo da CNM pretende reverter uma mudança promovida pela reforma da Previdência: a proibição à criação de novos regimes próprios. Para o presidente da Confederação, a medida fere a autonomia dos Municípios. Cerca de 3,5 mil prefeituras recolhem contribuições previdenciárias ao INSS, como empregadores do setor privado, e pagam alíquota de 20% sobre a folha.

O porcentual é maior que a contribuição geralmente paga pelos Municípios que têm regime próprio de Previdência, reforça o jornal. Caso todas as prefeituras migrassem para o regime próprio haveria economia de R$ 11,2 bilhões ao ano com a proposta. “Quem tem que decidir é o Município. É verdade que tem um passivo muito alto nos Municípios que migraram nos anos 1980, porque a fiscalização não era adequada. Mas hoje não, houve qualificação nessa fiscalização. Não temos tido problema nos últimos anos”, disse Aroldi.

Agência CNM de Notícias, com informações do Estadão

Al1



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 43
Notícias Agora
Google News