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Cultura
24/08/2019 09:30:00

Oficina de Coco de Roda Alagoano: Dança e Percussão é realizada no Complexo Cultural Teatro Deodoro


Oficina de Coco de Roda Alagoano: Dança e Percussão é realizada no Complexo Cultural Teatro Deodoro

Hannah Copertino

“Agora vou cantar o coco sincopado, é de banda que nem de lado, vou ver se a minha língua dá. A minha língua nesse coco não bambeia, o coco é sincopado eu vou sincopar...”. Este é um trecho da música Coco Sincopado, do alagoano Jacinto Silva, eterno cantor, compositor e mestre de coco de roda. Difícil ouvir e não se contagiar, quem sabe até arriscar uma pisada.

Alagoas continua sendo terra fértil quando o assunto é coco de roda. Vários mestres, compositores, intérpretes, dançarinos e grupos se formaram e seguem mantendo viva a cultura por aqui. Para ampliar a rede em prol dessa arte, a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) e a Orquestra de Tambores de Alagoas realizam a Oficina de Coco de Roda Alagoano: Dança e Percussão, neste sábado (24), das 14h às 18h, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, Centro de Maceió.

O objetivo da oficina é repassar para o publico o formato, passos, ritmos, cânticos e concepção que foi amplamente divulgada, dançada e vivida principalmente entre as décadas de 80 e 90, especialmente na zona sul de Maceió e nos bairros de Chã de Jaqueira e Bebedouro.

“Não com a intenção de proporcionar resgate de tradições em nome da nostalgia, mas sim abrindo novas possibilidades de difusão de um coco de roda plural que não se priva da oportunidade de passear gracioso pelas linhas do tempo, mostrando que é possível estabelecer dialogo na criação contemporânea para trabalhar de maneira propositiva tanto o “tradicional”, quanto o novo e, assim, abrilhantar cada vez mais a cultura popular de alagoas”, explica o músico Wilson Santos, da Orquestra de Tambores de Alagoas.

A oficina será conduzida pelos instrutores Dani Lins e Emerson Ricardo, dançarinos e ritmistas de coco de roda desde a infância, quando tiveram contato com o Grupo Cultural Axé Zumbi (Vergel do Lago), a época coordenado pelo seu fundador o Mestre Jose Geraldo, recentemente o Mestre repassou o comando do Grupo para que o casal dê continuidade às atividades. 

“O coco alagoano é uma dança cantada, sendo acompanhada pela batida dos pés ou tropel. Também é denominada de PAGODE ou SAMBA. Surge na época junina ou em outras ocasiões que se quer festejar acontecimentos importantes nas comunidades rurais. Por ocasião da tapagem de casa, o coco aparece em todo o seu esplendor. Tem origem africana, filiada ao batuque angola-conguense. Talvez tenha surgido na zona fronteiriça de Alagoas e Pernambuco, no cordão de serras ocupadas no século XVIII pelo célebre Quilombo dos Palmares. Dessa região, espalhou-se por todo o Nordeste, onde recebeu nomes e formas coreográficas diferentes, como: Coco Praieiro, na Paraíba; Bambelô ou Coco de Zambê, no Rio Grande do Norte; Tará ou Coco de Roda, em Pernambuco; Samba de Aboio e Samba de Coco, em Sergipe; entre outros”, trecho do livro Folguedos e Danças de Alagoas - José Maria Tenório Rocha, Maceió - 1984.

Serviço:

Oficina de Coco de Roda Alagoano: Dança e Ritmos

Quando – Sábado (24 de agosto), das 14 às 18h.

Local - Complexo Cultural Teatro Deodoro, Centro de Maceió.

Entrada - R$ 10,00

Inscrições pelo site - https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfMmAAIoYKu7jnx1wrUs1UwbBcY4PZjpgHBMtsp0qtUynPETQ/viewform

Mais informações - 98873-3075

Asco0m Diteal

éassim



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