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Alagoas
23/08/2019 11:30:00

Braskem agora quer minerar sal-gema no Norte de Alagoas

Atividade na área com tamanho equivalente a 14 mil campos de futebol precisa ter aval da Agência Nacional de Mineração


Braskem agora quer minerar sal-gema no Norte de Alagoas

A Agência Nacional de Mineração (ANM) recebeu um requerimento da Braskem no dia 31 de julho: a empresa pediu solicitação para, além de em Maceió, fazer pesquisas para mineração na Região Norte do estado, nos municípios de Paripueira e Barra de Santo Antônio.

Curiosamente, a Braskem está com as atividades paralisadas, nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, desde que foi apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como uma das responsáveis por rachaduras e problemas geológicos como afundamentos na região.

As solicitações são públicas e estão no site da ANM, onde estão listadas as sete áreas, cada uma com aproximadamente 2 mil hectares, o que é equivalente ao tamanho de 14 mil campos de futebol.

“A ANM vai analisar os pedidos e vai fazer algumas exigências se achar alguma coisa que ela tem dúvidas. A partir daí, ela analisa ou reanalisa e fornece o alvará de pesquisa. Nessa fase de pesquisa, a Braskem poderá pedir um dispositivo chamado guia de exploração, que é uma autorização provisória. Naturalmente, tem que ter a anuência do IMA, a licença ambiental”. Oswaldo Costa Filho, representante da ANM.

O Ministério Público Federal (MPF), que pede mais de R$ 20 bilhões para a Braskem, como reparo de forma integral por todos os danos que a empresa química e petroquímica provocou em suas atividades de exploração de sal-gema, deve acompanhar esse novo requerimento.

Segundo CPRM, há relação direta entre a mineração e o afundamento em bairros de Maceió.

Solicitação

No texto, a empresa afirma que não voltará a explorar sal nos bairros de Maceió afetados por rachaduras e afundamentos, mas que segue conduzindo a realização dos estudos para o entendimento completo dos fenômenos geológicos da região.

Confira a nota na íntegra:

“A Braskem paralisou preventivamente, em maio deste ano, a extração de sal e a operação na fábrica de Cloro Soda, no Pontal da Barra em Maceió. A empresa reafirma que não voltará a explorar sal nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro e segue conduzindo a realização dos estudos para o entendimento completo dos fenômenos geológicos na região.

A empresa atua no Estado há mais de 40 anos e gostaria de continuar contribuindo com o desenvolvimento local, mantendo o funcionamento da cadeia produtiva de Química e Plástico de Alagoas. O retorno das operações só será possível com a aprovação das instituições legais e da sociedade. A Braskem estuda projetos de curto e longo prazos de alternativas tecnicamente viáveis para operar de forma segura e sustentável. Nesse sentido, solicitou à Agência Nacional de Mineração (ANM) autorização de pesquisa para identificação de potenciais áreas de reservas de sal em perímetro não urbano do Estado.

A Braskem tem compromisso com o Estado de Alagoas e reafirma sua atuação empresarial responsável e a sua preocupação com a segurança das pessoas.”

éassim



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