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Polícia
17/08/2019 18:45:00

Governo tira militares das ruas e manda para presídios no fim de semana


Governo tira militares das ruas e manda para presídios no fim de semana

Com a redução de parte dos serviços executados há cerca de duas semanas pelos agentes penitenciários em Alagoas - que há anos denunciam o baixo efetivo - policiais militares que deveriam estar nas ruas, fazendo a segurança da população foram remanejados para os presídios. É que nos fins de semana acontecem as visitas aos parentes de presos e 177 PMS acabaram deslocados para a função.

"Por conta do efetivo baixo a gente restringiu alguns serviços, aqueles que demandam um aglomerado de pessoas. O restante está funcionando. A gente comprova que o nosso efetivo não é suficiente para fazer isso, pois vai entrando mais presos e a quantidade de agentes é a mesma. Tem o problema do licenciamento para tratamento de saúde também, o agente adoece aí chega um tempo que não tem como suportar. Achamos melhor do que fazer uma greve geral é fazer restrição de alguns serviços", declara Petrônio Lima, presidente do Sindapen.

 

Atualmente, 619 agentes penitenciários desempenham as funções em Alagoas, mas o efetivo ideal seria ter no mínimo mais 550 profissionais para atender a demanda do sistema prisional.  

Nesta sexta-feira (16), a Associação das Praças da PM e Corpo de Bombeiros de Alagoas (Aspra/AL) denunciou uma medida administrativa do governador Renan Filho (MDB) para tirar policiais militares do trabalho ostensivo e colocá-los para fazer a revista dos visitantes no sistema prisional neste fim de semana. Ao todo, 88 PMs vão atuar no sábado e mais 89, no domingo, totalizando 177, segundo informou a assessoria de comunicação da entidade.

Petrônio Lima, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL), informou que a categoria teve de restringir serviços como a saída de detentos para estudar ou ao trabalho.

"Este trabalho é, por lei, uma prerrogativa dos agentes penitenciários e substituí-los por outros profissionais se caracteriza desvio de função. A medida do governo está sendo tomada justamente durante a mobilização dos servidores efetivos dos presídios de Alagoas, que lutam por melhorias salariais e na profissão", disse o presidente da Aspra/AL, sargento Wagner Simas, que acrescentou que a atitude do Comando da corporação, com base numa determinação do governador, busca desestabilizar o movimento dos agentes.

Segundo o presidente da Aspra, o governador Renan Filho não tem capacidade para abrir concurso para chamar novos agentes penitenciários, desvalorizando aquela classe de servidores. E, na avaliação de Simas, é muito importante que se estude com brevidade a abertura de um certamente para provisão de vagas no sistema. 

"Se não faz concurso para valorizar a categoria dos agentes que abra licitação para que empresas adotem essa medida de fazer revista aos visitantes dos presos. Caso contrário, todos vamos sofrer com a retirada dos militares de suas funções, sendo uma delas o combate à criminalidade. Revista nos presídios não é função de policial militar. O governador, portanto, utiliza a segurança pública para outros meios, que não estão previstos em lei, e acaba deixando a sociedade à mercê dos criminosos", critica Wagner Simas.

Gazetaweb



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