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Atualidade
11/08/2019 12:00:00

Magnata Epstein, preso por abusar de menores, se suicida na cadeia


Magnata Epstein, preso por abusar de menores, se suicida na cadeia
Epstein magnata que se suicidou na prisão

acusado de abuso sexual de menores, cometeu suicídio na prisão, informou a mídia americana neste sábado.

O FBI, a polícia federal americana, anunciou imediatamente que abriu uma investigação sobre o caso.

O magnata de 66 anos, que trabalhou com inúmeros políticos e celebridades ao longo dos anos e já tinha uma condenação por crimes sexuais, enforcou-se e seu corpo foi encontrado na manhã de sábado, informaram o jornal The New York Times e outros meios de comunicação.

O Departamento de Prisões do Departamento confirmou a informação, mas não respondeu às perguntas de como um prisioneiro conseguiu tirar a própria vida em uma instalação de alta seguança depois de já ter tentado o suicídio uma primeira vez.

En julho, o magnata já havia sido encontrado inconsciente e em posição fetal em sua cela.

As autoridades trataram o incidente como possível tentativa de suicídio.

Epstein foi levado em 6 de julho para o Centro Correcional Metropolitano, uma instalação federal de segurança máxima em Manhattan que é frequentemente usada para abrigar suspeitos à espera ou durante o julgamento.

Foi nesse centro que o traficante de drogas Joaquín "Chapo" Guzmán passou dois anos e meio preso.

Epstein era acusado de tráfico sexual de menores e de conspiração criminosa para traficar menores para explorá-los sexualmente, duas acusações passíveis de punição com um total de 45 anos de prisão.

Segundo a ata de acusação, ele teria levado menores de idade, algumas delas com apenas 14 anos, para suas residências em Manhattan e em Palm Beach, na Flórida, entre 2002 e 2005 pelo menos, "para participar de atos sexuais com ele, depois dos quais lhes dava centenas de dólares em dinheiro".

"Também pagava algumas de suas vítimas para recrutarem mais meninas para serem abusadas", apontou a acusação.

Os promotores alegaram que Epstein estava "consciente de que muitas das vítimas eram menores".

Epstein negou as acusações, mas um juiz federal rejeitou o pedido de liberdade condicional feito por sua defesa.

Os advogados do milionário propuseram que Epstein ficasse isolado em sua casa em Manhattan com um bracelete, ou tornozeleira eletrônica, e com câmeras de vídeo que registrariam seus movimentos.

A Justiça avaliou, porém, que Epstein representava um risco para a sociedade e que ele poderia tentar fugir, já que tinha os meios para isso.

Durante uma busca realizada na casa de Epstein em Nova York, as autoridades encontraram em um cofre "dezenas de diamantes" e "maços de notas", bem como um falso passaporte austríaco já vencido em nome de Epstein.

- Acordo controverso -

O magnata, cujos amigos incluem o presidente Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew da Grã-Bretanha, já havia sido condenado por pagar jovens por massagens sexuais.

Mas ele conseguiu evitar ser acusado criminalmente nesses casos assinando um acordo controverso, no qual se declarava culpado de um crime estadual de solicitar prostituição a um menor e registrado como agressor sexual.

Ele passou 13 meses em uma prisão do condado, da qual ele poderia sair durante o dia, voltando todas as noites para a cadeia, antes de ser libertado em 2009.

Se fosse condenado agora e sentenciado a até 45 anos de prisão, com sua idade, isso configuraria uma pena de prisão perpétua.

https://www.afp.com/pt/



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