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Especial
07/08/2019 11:30:00

Homem que enviou pacotes-bomba nos EUA é condenado a 20 anos de prisão


Homem que enviou pacotes-bomba nos EUA é condenado a 20 anos de prisão

O homem que enviou 16 pacotes-bomba à emissora CNN e a políticos e personalidades do Partido Democrata em outubro do ano passado foi condenado a 20 anos de prisão nesta segunda-feira, 6, por um juiz federal de Nova York.

Cesar Sayoc, de 57 anos, admitiu ter fabricado dispositivos caseiros de materiais como canos de plástico, um despertador digital com cabos elétricos conectados, fogos de artifício e fragmentos de vidro.

Os explosivos foram enviados pelo correio para o ex-presidente Barack Obama, a ex-candidata à presidência Hillary Clinton, o ex-presidente Bill Clinton, o ex-vice-presidente Joe Biden, os agora candidatos presidenciais Kamala Harris e Cory Booker, entre outros políticos de destaque do Partido Democrata.

Sayoc ainda destinou pacotes à sede da emissora CNN, em Atlanta, e ao milionário George Soros e ao ator Robert De Niro, ambos democratas declarados. Nenhum dos dispositivos explodiu.

O ex-entregador de pizzas é apoiador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e vivia em um caminhão enfeitado com adesivos pró-Trump e contra os democratas.

Sayoc declarou-se culpado de 65 acusações em março. A pena mínima que ele poderia receber era de 10 anos, e a máxima era de prisão perpétua, solicitada pela promotoria com o argumento de que ela “incapacita o acusado e protege o público de futuros crimes”.

A defesa pedia a pena mínima com a justificativa de que Sayoc viveu “uma série de incidentes traumáticos que o pressionaram mais e mais à margem da sociedade”, situação somada à idolatria por Donald Trump, motivo pelo qual estabeleceu como alvos alguns adversários políticos do republicano.

Para o juiz Jed Rakoff, a condenação de 20 anos de prisão era “nem mais, nem menos” a merecida. Segundo o magistrado, o acusado “era completamente capaz de preparar bombas caseiras que pudessem explodir”, mas o fato de nenhuma bomba ter explodido foi, “na visão do tribunal, uma decisão consciente”.

Rakoff afirmou que Sayoc estava “profundamente obsessivo” com o presidente Trump, o que, segundo o juiz, ficou claro com a apreensão de uma caminhonete branca repleta de fotos do governante.

Sayoc, usuário de esteroides anabolizantes há mais de 40 anos, também confessou que Trump tinha se tornado a sua “nova droga” e definia o presidente como “o melhor de todos os tempos”.

O juiz deu a palavra ao réu antes de ditar a sentença. Sayoc pediu desculpas a vários parentes, lembrou à corte que foi abandonado pelo pai quando era criança e contou os abusos sexuais que sofreu em um internado católico.

“Agora que estou sóbrio, sei que estou muito doente. Sei que deveria ter escutado a minha mãe, o amor da minha vida. Nada pode voltar o tempo para desfazer o que eu fiz”, disse diante do tribunal, onde confessou estar arrependido.

Sayoc foi detido no dia 26 de outubro em Aventura, na Flórida, onde residia e trabalhava como entregador de pizzas e também em um clube de striptease.

(Com EFE)



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