O Judiciário de Alagoas mobilizou 15 magistrados para conduzirem júris, nesta sexta-feira (2), em mutirão no Centro Universitário Tiradentes (Unit). Os processos são todos da 9ª Vara Criminal da Capital, que tem competência exclusiva para júris.
Cada juiz é responsável por um caso. O magistrado André Gêda, coordenador da Justiça Itinerante, que organiza a atividade, informa que outros mutirões serão feitos para propiciar celeridade nas outras duas varas de júri de Maceió, a 7ª e a 8ª Criminal.
Felipe Munguba foi um dos juízes que se apresentaram para a força-tarefa. “[O meu processo] foi um homicídio ocorrido em 2013, ou seja, faz bastante tempo. É por isso a importância desses mutirões: um crime de 2013 ainda não teve a resposta à sociedade, e isso se dá por alguns motivos. Primeiramente, o número exagerado de processos que existe. Isso acaba soberbando os colegas, que têm uma pauta longa. São processos complexos, que demandam tempo”.
Um dos casos é o homicídio que vitimou Clebson da Silva Aureliano, de 29 anos, em 2018. O pai do jovem, Carlos Augusto Aureliano, aguardava com ansiedade e o início do julgamento, nos corredores da faculdade.
“Eu espero que Deus faça a Justiça. Ele vai pagar pelo que fez. Ele tirou um pedaço do meu coração. Ele era um pedreiro bom e um menino querido em Goiabeira e Fernão Velho”, disse Carlos. Clebson era torcedor do CSA e foi morto enquanto comemorava a vitória do seu time, atingido por um tiro disparado, de acordo com a acusação, por Edvaldo dos Santos Lobo, torcedor do CRB.
A coordenadora do curso de Direito da Unit, Karol Mafra, ressalta como a atividade também é útil para a formação acadêmica dos estudantes. “Nosso aluno vai poder vivenciar intensamente o mutirão do Tribunal do Júri, verificando a atuação do magistrado, do Ministério Público, dos advogados, e poder tirar suas dúvidas com os professores”.
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