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Justiça
01/08/2019 08:30:00

Justiça absolve Cristiano Matheus em ação por falta de provas


Justiça absolve Cristiano Matheus em ação por falta de provas

Dentre os muitos processos que responde, o ex-prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus foi inocentado nesta terça-feira, 30, em um deles.

Por falta de provas, Matheus foi inocentado em um dos processos que responde por improbidade administrativa. A ação que tramita na comarca do município, foi julgada pela magistrada Fabíola Melo Feijão.

“Julgo improcedente os pedidos no sentido de não reconhecer, por falta de prova, a responsabilidade do réu por prática de improbidade administrativa diante dos fatos narrados”, concluiu a juíza no dia 10 de julho.

Decidiu também que a “demanda não sujeita ao reexame necessário”. O processo em questão chegou ao Judiciário alagoano no dia 5 de dezembro de 2016.

Operação Kali

Em dezembro de 2017, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Kali, em que o ex-prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, foi colocado como líder de uma organização criminosa, estruturada por uma rede de “laranjas”. O bando seria responsável, conforme a investigação, por ocultar empresas, bens e desviar valores provenientes de fundos e programas de educação, destinados ao município enquanto ele era o gestor.

A época, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em Maceió, Marechal Deodoro e Pão de Açúcar, além de Nova Olinda, no Maranhão. Foram apreendidos seis veículos, com valor acima de R$ 60 mil cada, além de R$ 297 mil, US$ 5 mil e 14 mil euros. A quantia estava guardada em um cofre de um apartamento que pertence à dona de uma construtora, também alvo da ação.

Além do período em que Matheus foi prefeito de Marechal Deodoro, a PF avalia que há indícios de lavagem de dinheiro ainda nos meses de junho e julho de 2017, quando ele não estava mais no cargo. Um desses indícios é a negociação de imóveis, no valor de R$ 530 mil, no nome do irmão dele.

‘Laranjas’

O ex-prefeito, de acordo com a investigação, estruturou uma rede, aparentemente interminável, de laranjas, sendo amigos e empregados seus, para impedir os trabalhos investigativos da polícia. O motorista particular de Cristiano, conforme a PF, ainda era pago pelo governo do Estado, desde fevereiro de 2017.

Ouvido pela polícia, o motorista revelou que nunca deu um dia de serviço para o estado. O trabalho dele é ser motorista do ex-prefeito, mas o salário é pago pelo Poder Executivo Estadual.

Apartamento

O dinheiro apreendido durante a operação estava no apartamento da dona de uma construtora, que, segundo a polícia, reformou o apartamento do Cristiano Matheus, o mesmo local em que o ex-prefeito apareceu em uma discussão com uma ex-esposa. A empresária, que alegou estar com os valores em casa por já ter tido as contas bloqueadas, também teve a prisão pedida.

Essa construtora em questão tinha um contrato de R$ 17 milhões com o município de Marechal Deodoro e, em 2014, pagou R$ 104 mil num projeto de reforma e ambientação do imóvel em questão, onde Cristiano Matheus morava.

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