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Comportamento
01/08/2019 16:00:00

8 relatos impactantes sobre como um relacionamento abusivo pode machucar

Mulheres compartilham relatos na hashtag #MeuExAbusivo e identificam os efeitos e consequências da violência psicológica.


8 relatos impactantes sobre como um relacionamento abusivo pode machucar

Atenção: Este texto contém relatos sensíveis de violência psicológica.

 

“Começa de uma forma muito sutil. Normalmente eles te pegam em um momento de fragilidade e daí, então, começam a te idolatrar. Você acha que um relacionamento abusivo já começa com tapa na cara? Não, bebê.”

É com a constatação acima que a YouTuber Dora Figueiredo, de 24 anos, começa um vídeo em seu canal em que compartilha depoimento sobre o relacionamento abusivo que viveu. Publicado em 17 de julho, o vídeo já teve mais de 2 milhões de acessos e estimulou a hashtag #MeuExAbusivo.

A jovem, que sofre de depressão e ansiedade, relata que seu ex-namorado tentava controlar o volume de sua voz, a quantidade de palavrões que falava, sua opinião sobre outras mulheres e até mesmo seu peso.

Assista ao vídeo abaixo:

“Eu passei por uma situação pela qual eu não imaginaria que eu seria capaz de passar, e pela qual até um tempo atrás eu achava que eu não tinha passado, que é o relacionamento abusivo”, desabafou.

Assim como Dora, muitas pessoas têm dificuldade de identificar o que é um relacionamento abusivo ou se alguém próximo está em um. Este tipo de violência é muito mais sutil do que, por exemplo, uma agressão física e, por isso mesmo, é mais difícil de ser identificada. 

A violência psicológica é tipificada pela Lei Maria da Penha e, dentro do chamado “Ciclo de Violência”, antecede agressões sexuais, físicas e até patrimoniais. A ausência de violência física não significa que o agressor seja menos perigoso para a vítima, tampouco que a vítima se sinta menos presa.

Com a intenção de orientar meninas a perceberem os primeiros sinais de uma relação tóxica, o Ministério Público de São Paulo lançou a campanha “Namoro Legal”, que conta com uma cartilha com dicas de como identificar. Veja aqui.

Após a repercussão, a YouTuber fez um outro vídeo, ao lado de Isabela Cêpa, a influenciadora “@Feminisa” para explicar o que é este tipo de violência.

O relato de Dora inspirou outras pessoas a contarem a sua própria história e a hashtag #MeuExAbusivo está entre as mais comentadas do Twitter nesta terça-feira (30). Ela mesma impulsionou o compartilhamento de outras histórias.

A partir dos vídeos e do Tweet de Dora, outras pessoas passaram a compartilhar histórias ? e a criar uma espécie de “rede de apoio” nas redes sociais para identificar o que é um relacionamento abusivo e como sair dele.

Dora Figueiredo@dorafigueiredo
 

Bom estou recebendo todo dia milhares de relatos e sinto que estou perdendo a oportunidade de falarmos abertamente sobre relacionamentos abusivos, então eu vou lançar aqui a pra contar coisas que ele fazia comigo, e assim gerar discussão sobre afinal o que é um RA.

714 pessoas estão falando sobre isso
 
 
Dora Figueiredo@dorafigueiredo
 

falou que não queria ficar mais comigo pq não acreditava que eu iria melhorar da minha depressão, me deu um mês pra melhorar e dois dias depois quando a única pessoa que estava próxima teve uma crise ele terminou comigo. Fiquei meses querendo me matar depois disso

226 pessoas estão falando sobre isso
 
 

A partir dos vídeos e do Tweet de Dora, outras pessoas passaram a compartilhar histórias ? e a criar uma espécie de “rede de apoio” nas redes sociais para identificar o que é um relacionamento abusivo e como sair dele.

????????????????????????????????@plyszal
 

toda mulher que já vivenciou um relacionamento abusivo leva uma cicatriz pro resto da vida. Medo de vivenciar novamente as mesmas manipulações, medo de passar pelas mesmas mentiras, medo de sofrer os mesmos abusos físicos e psicológicos, medo de ser você mesma..

1.912 pessoas estão falando sobre isso
 
 
Lola Aronovich ?@lolaescreva
 

É ótimo q esteja nos TTs e q as mulheres falem. O mais importante é reconhecer os sinais de q se está num relacionamento abusivo e sair dele o qto antes, pq esse tipo de relacionamento é o q mais frequentemente acaba em feminicídio. Força, mulheres!

103 pessoas estão falando sobre isso
 
 

Muitas histórias tinham alguns traços em comum: a culpabilização da vítima.

Mottini@MottiniGabb
 

fazia chantagem emocional comigo quando eu fazia algo que ele não gostava, me chamou de puta, difamou minha família, se incomodava com os meninos que eu já havia ficado e me culpava por isso, me proibia de postar fotos depois que já tínhamos terminado e etc

214 pessoas estão falando sobre isso
 
 
Gabi Lincon@GabiLincon
 

manipulava toda as brigas, então sempre q eu ia reclamar de alguma coisa ele magicamente virava a vítima e no final eu saia pedindo desculpa por deixar ele mal e aceitando q ele tava certo sendo q no começo tinha certeza de q era o contrário

570 pessoas estão falando sobre isso
 
 
manoella@_amanoella
 

sempre duvidava da minha palavra, me fazia provar cada passo que eu dava e aliás, me fazia contar todo o meu dia detalhadamente, muitas vezes eu não contava que dava oi pra colegas de aula, por exemplo, pra evitar um desastre que no final me faria sentir culpada.

240 pessoas estão falando sobre isso
 
 

E o controle sobre as atividades do dia a dia e até vida profissional do outro:

??????@anna_nbb
 

me fez acreditar que era errado e egoísta eu pensar em ter momentos só meus. Me fez acreditar que eu não tinha amigos de verdade e que se um dia eu largasse ele, não teria mais ninguém.

27 pessoas estão falando sobre isso
 
 

O abuso psicológico se torna agressão física e ele faz com que você acredite que merece aquilo:

Seila@Seila15029984
 

nos últimos meses do nosso relacionamento eu passei a acreditar que eu estava sufocando ele pq ele sempre estava atrás de outras e só eu nunca era o suficiente, eu comecei a ter crise de ansiedade e não conseguia me olhar no espelho, me sentia um lixo

80 pessoas estão falando sobre isso
 
 
eiJhenny@eiJhenny
 

pegava meu celular enquanto eu dormia, e desligava os alarmes, assim eu perdia a hora de ir trabalhar. Começou depois de um dia, me ver passando batom antes de sair p trabalhar. Queria saber pra quem eu estava me "enfeitando".

41 pessoas estão falando sobre isso
 
 

 

Não silencie!

“Foi só um empurrãozinho”, “Ele só estava irritado com alguma coisa do trabalho e descontou em mim”, “Já levei um tapa, mas faz parte do relacionamento”. Você já disse alguma dessas frases ou já ouviu alguma mulher dizer? Por medo ou vergonha, muitas mulheres que sofrem algum tipo de violência, seja física, sexual ou psicológica, continuam caladas.

Desde 2005, a Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, funciona em todo o Brasil e auxilia mulheres em situação de violência 24 horas por dia, sete dias por semana. O próximo passo é procurar uma Delegacia da Mulher ou Delegacia de Defesa da Mulher. O Instituto Patrícia Galvão, referência na defesa da mulher, tem uma página completa com endereços no Brasil. Clique aqui.

https://www.huffpostbrasil.com

 

 


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