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Política
31/07/2019 19:00:00

PSol vai à PGR após ataque de Bolsonaro contra pai do presidente da OAB


PSol vai à PGR após ataque de Bolsonaro contra pai do presidente da OAB
Após o Partido dos Trabalhadores (PT), o líder do PSol na Câmara dos Deputados, Ivan Valente, anunciou que é mais um partido a entrar com representação na Procuradoria-geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro após o ataque dele, nessa segunda-feira (29/7), contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 
 
Pela manhã, em entrevista, o presidente da República questionou a atuação da OAB e disse que um dia contará ao presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, como o pai desapareceu na ditadura. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, afirmou ele ao questionar o inquérito sobre a facada sofrida no período eleitoral.
 
Mais tarde, em transmissão ao vivo no Facebook enquanto cortava o cabelo, Bolsonaro afirmou que as informações que obteve em conversas dão conta de que o desaparecimento do pai presidente da OAB foi obra de um grupo de esquerda. Assim, na versão do chefe do Executivo, os militares não são os responsáveis pela morte.
 
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De acordo com a ação do PSol, as declarações são desumanas. “Configuram uma violação dos pilares básicos do Estado Democrático de Direito, em especial, a dignidade da pessoa humana, e são absolutamente incompatíveis com a Constituição Federal de 1988, os Tratados Internacionais de Direitos Humanos e a legislação nacional”, alega.
 
Ainda de acordo com a legenda, Bolsonaro atingiu os familiares de vítimas da ditadura militar brasileira. Além disso, alega o partido, o presidente faz apologia ao crime e atenta “contra os princípios da administração pública, da moralidade, da legalidade e da lealdade às instituições”. 
 

Punições 

O PSol pede a apuração sobre a responsabilidade de Bolsonaro; punição nos âmbitos civis e penais; e a propositura de ação de indenização por danos morais coletivos, com a conversão da indenização para entidades de direitos humanos.
 
O presidente da OBA chamou, nessa segunda-feira, de “crueldade e falta de empatia” e afirmou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que Bolsonaro conte o que ele sabe sobre a morte do pai. 
 
Correio Braziliense


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