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ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) João Gabriel Felizardo dos Santos, o Cabo Gabriel, integrante da Gangue Fardada, desarticulada em 1998 em investigação da Polícia Federal (PF) foi condenado na sexta-feira, 23, em julgamento no Fórum de Maceió, a nove anos e seis meses de reclusão. Ele é acusado entre outros crimes, do assassinato da dona de casa Lourinete Maria Freitas da Silva executada a tiros em julho de 1993 na frente da casa que morava, no Centro da cidade alagoana de Campestre.
O ex-militar teve o pedido de absolvição negado pelos jurados e acabou sendo condenado por homicídio com pena, inicialmente, sendo cumprida em regime fechado. O julgamento foi conduzido pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade, titular da 7ª Vara Criminal.
“São fortes as provas dos autos que indicam que o réu é pessoa perigosa, envolvida com crimes bárbaros, temido na comunidade onde vivia, inclusive fazendo parte de grupo de extermínio”, ressaltou o magistrado na sentença.
O acusado já havia sido submetido a júri popular, em dezembro de 2009, no entanto, posteriormente, o Tribunal de Justiça (TJ) anulou o processo a partir da intimação do réu da pronúncia. Após a retomada do andamento processual, o denunciado interpôs recurso em sentido estrito. A pronúncia, no entanto, foi mantida integralmente e o réu levado a novo júri.
Inicialmente as investigações indicaram que o na época Cabo Felizardo matou a mulher a mando do marido da vítima, o fazendeiro José Machado da Silva, o Zeca Machado, que era vereador na cidade alagoana de Jundiá. Além de Felizardo, também teriam participado do crime José Augusto dos Santos e Jadilson Santos Pereira. Em julgamento no ano de 2001 José Augusto foi condenado há 23 anos de prisão e Jadilson há 16. Zeca Machado foi levado a júri no ano seguinte e foi inocentado.
O ex-militar foi recapturado em julho de 2011, após conseguir fugir, no ano de 2000, de uma penitenciária no Estado de Sergipe, para onde foi transferido após sua primeira prisão em Alagoas. Usando o nome falso de Alex Siqueira da Silva ele trabalhava como administrador de duas empresas que produziam camarão em cativeiro, no município de Beberibe, no litoral leste do Ceará.
Considerado um dos homens de confiança do ex-coronel da PM alagoana, Manoel Francisco Cavalcante, o ex-coronel Cavalcante, líder da Gang Fardada e que também foi preso pela PF em 1998, Felizardo também é apontado em investigações da PF como autor de homicídios em Alagoas e Pernambuco.
Emergência 190
