29/03/2024 06:15:41

Saúde
28/07/2019 15:30:00

Santana do Mundaú (Região da Mata) e mais 12 estão com epidemia de dengue, outros 12 em alerta

De acordo com dados da Sesau, o número de casos confirmados da doença aumentou mais de 137%


Santana do Mundaú (Região da Mata) e mais 12 estão com epidemia de dengue, outros 12 em alerta

Com um aumento de mais de 137% nos casos de dengue confirmados, autoridades da área de saúde em Alagoas alertam para os riscos epidêmicos.  Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), de janeiro a junho foram notificados 2.239 casos da doença em Alagoas. No mesmo período em 2018, houve 994 registros. Em relação a todo o ano passado, foram 2.059 casos.

Ainda segundo o órgão, a doença não registrou mortes em 2018 e nem nos seis primeiros meses de 2019. Mas, a Sesau ressalta que os cuidados devem ser redobrados porque 13 municípios estão em epidemia, com 300 casos por 100 mil habitantes. São eles: Arapiraca; Coité do Nóia; Coqueiro Seco; Jacaré dos Homens; Jaramataia; Joaquim Gomes; Limoeiro de Anadia; Palestina; Penedo; Quebrangulo; Santa Luzia do Norte; Santana do Mundaú; e Viçosa.

Além desses municípios, outros 13 estão em situação de alerta com mais de  100 casos e menor de 300 registros, por 100 mil habitantes nas cidades de Barra de São Miguel; Belém; Capela; Feliz Deserto; Flexeiras; Igaci; Japaratinga; Lagoa da Canoa; Mata Grande; Monteirópolis; Olho d’Água das Flores; Satuba; e União dos Palmares.

Diagnosticado com dengue em 27 de junho, o analista de marketing digital, Alexandre Nunes da Silva, lembrou que passou por um período complicado e precisou de cuidados médicos.

“Estava com 53 mil de plaquetas, nesse dia tive que tomar soro na veia e a médica passou para que eu tomasse em casa também. Remédio mesmo só o paracetamol para quando estivesse com febre. Mas, não sei ao certo qual era o tipo de dengue”, conta.

Alexandre disse que os sintomas eram os mesmos de uma virose comum. “Febre alta, dor no corpo, me sentia bem mal. Fui ao hospital porque apareceram manchas na minha pele. Daí, foi quando descobri a dengue”, explica, ao lembrar que o tratamento durou sete dias.

“Todos os dias eu repetia o exame de sangue e ia para a médica novamente para ela avaliar. Tomava mais soro na veia e retornava para casa. Também tomava soro via oral mesmo, além disso, muito líquido, e frutas como kiwi e laranja foram recomendadas’’, complementa o analista de marketing digital.

Infectologista fala sobre tratamento da doença

A infectologista Claudeane Bezerra orienta que quando surgirem alguns dos sintomas, o paciente deve procurar um especialista. “O surgimento de febre alta associada à dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo ou nas articulações, vômitos ou manchas no corpo, podem indicar um quadro de dengue. Diante desses sintomas, é importante evitar automedicação e procurar atendimento médico. Os casos mais graves devem ser avaliados por um infectologista’’.

A especialista também avalia alguns cuidados que o próprio cidadão deve ter para evitar contrair a doença. “A principal forma de prevenir a dengue é combatendo o mosquito transmissor [Aedes aegypti], evitando a sua proliferação em reservatórios de água parada, em caixas d’água abertas, pneus, garrafas vazias, acúmulo de lixo e outros recipientes pequenos. Outra forma de prevenção é o uso de loções repelentes de mosquito, bem como a escolha de vestimentas que reduzam a área do corpo exposta, sobretudo durante o dia e final da tarde, uma vez que o Aedes tem hábitos diurnos. Não podemos esquecer que além da dengue, o Aedes aegypti também transmite outras doenças, como Zika e Chikungunya, por exemplo’’.

EVITAR FOCOS

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que a forma mais eficaz de evitar o aumento dos casos de dengue é investir no combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite a doença, além da Zika e chikungunya.

Por esta razão, além do cuidado que cada cidadão deve adotar em sua residência, evitando manter expostos recipientes com água limpa e parada, limpando quintais, calhas e caixas d’água e descartando garrafas de plástico ou qualquer recipiente que possa acumular água, a Sesau tem prestado assistência técnica aos 102 municípios, para que os agentes de endemias executem as ações de campo de forma eficaz, resultando na redução de casos da doença, a exemplo do que ocorreu no ano passado.

E para evitar o aumento de casos nos próximos meses, a Secretaria de Estado da Saúde prevê também a distribuição de larvicida e inseticida, disponibilizando o carro fumacê para os municípios que apresentarem aumento da infestação do vetor, além de capacitar os novos agentes de endemias, promovendo campanhas educativas para conscientizar a população e prestando orientação durante os projetos Governo Presente e Vida Nova nas Grotas.

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade também pelo Governo Federal. Todas as ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e Controle para enfrentamento do Aedes que atua em conjunto com outros órgãos, como o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República.

Fonte: Tribuna Independente / Texto: Lucas França



Enquete
Se fosse fosse gestor, o que você faria em União dos Palmares: um campo de futebol ou a barragem do rio para que não falte agua na cidade?
Total de votos: 95
Notícias Agora
Google News