Não faz muito tempo que falamos sobre a dieta Pegana por aqui. Famosa nos Estados Unidos, Canadá e na Europa, a Pegana é um misto de duas dietas: a paleolítica e a vegana.
A dieta foi introduzida no mercado pelo médico Mark Hyman em 2015. Em um artigo em seu blog pessoal, chamado “Porque eu sou um Pegano ? ou Paleo-Vegano ? e por que você deveria ser também!”, Hyman destaca a dieta como um plano alimentar que combina princípios da dieta vegana e da dieta paleolítica.
Enquanto a vegana é baseada apenas em alimentos de origem vegetal, a paleolítica é rica em alimentos de origem animal, inspirada na alimentação do homem das cavernas. A Pegana, por sua vez, tenta balancear fontes de energia e nutrientes: 75% dos alimentos consumidos são frutas, vegetais e oleaginosas e os outros 25% são carnes e gorduras saudáveis de origem animal, de animais que tenham se alimentado de grama.
Se você ficou interessado em saber mais sobre a dieta, o site MedicalDailylistou quatro pontos fundamentais dela e, pelos quais, uma pessoa pode alcançar o emagrecimento e mudança no seu estilo de vida e saúde. Veja:
Como foi mencionado, esta dieta é derivada da dieta vegana, então você dará uma atenção especial a todos os ingredientes vegetais. Você comerá todos os dias uma grande variedade de vegetais, legumes e frutas, porém, limitará o consumo de alguns tubérculos com alto índice glicêmico, como a batata.
Outra parte importante da dieta Pegana é consumir apenas grãos integrais. Nesta dieta, não é indicado comer produtos feitos de farinha integral, mas trocá-los por grãos como a quinoa, teff, arroz negro, amaranto, aveia e trigo mourisco ? grãos com baixo índice glicêmico.
Tente ao máximo não comer açúcar, ainda mais o refinado. Na verdade, você deve evitar tudo que aumente a produção de insulina, para não dar o famoso “pico de insulina”, o que causa mais fome e “dependência” de carboidratos e açúcares.
Sementes e nozes são conhecidos universalmente por seus benefícios à saúde humana e poder de prevenção de diversas doenças. E elas também são poderosas aliadas na manutenção e perda de peso, por serem ricas em gorduras boas (necessárias para o corpo humano), fibras, proteínas e minerais.
A dieta pegana não restringe ou seleciona o consumo destas castanhas ? seja ela castanha-do-pará, caju, amêndoa, macadâmia, noz, ou sementes como linhaça, sea, gergelim, semente de abóbora, entre outras.
Vale lembrar, porém, que nozes costumam ser calóricas e seu consumo deve ser controlado ? a castanha-do-pará, por exemplo, pode ser tóxica se consumida em grande quantidade.
Fizemos por aqui um ranking das melhores castanhas que você pode encontrar no mercado.
Diferentemente da paleolítica e da vegana, a dieta Pegana é mais flexível, por permitir carnes e produtos lácteos orgânicos. Porém, esta “flexibilidade aparente” não a deixa livre de riscos.
A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que não se deve retirar nenhum alimento da dieta ? mas sim moderá-los de acordo com suas necessidades nutricionais.
Ao HuffPost, a nutricionista Sophie Deram lembrou que dietas restritivas podem desencadear deficiências nutricionais ou até mesmo um estresse e ansiedade sobre o ato de se alimentar e isso afetar a saúde mental, gerando até mesmo a chamada “ortorexia”, que é distúrbio alimentar caracterizado pela obsessão em comer saudável e praticar o “Clean Eating”, ou “comida limpa”. “Parece que a gente precisa sempre dar nome para alimentação, não é?”, observou Deram, em entrevista ao HuffPost em março deste ano.
“Tudo o que é muito restrito pode alterar a saúde mental, pois somos animais sociáveis e uma pessoa que come restrito não sai de casa, não vê gente e isso causa mais ansiedade.”
https://www.huffpostbrasil.com/entry/dieta-pegana-emagrece_br