A Justiça Federal de Juiz de Fora (MG) encerrou nesta terça-feira o julgamento contra o homem que apunhalou o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a última campanha eleitoral, em setembro do ano passado.
Tanto Bolsonaro quanto o Ministério Público informaram que não apresentarão recursos.
A Justiça considerou que Bispo de Oliveira sofre uma desordem delirante persistente e que, portanto, não pode ser punido criminalmente.
Com essa decisão, que nem o Ministério Público nem o presidente Bolsonaro recorreram, o agressor permanecerá em um asilo judicial e não em uma prisão.
"O internamento deve durar por um período indeterminado e, embora não seja determinado, pela perícia médica, a cessação da periculosidade", determinou o juiz Bruno Savino na decisão.
Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen em 6 de setembro, quando participou de um evento de campanha nas ruas de Juiz de Fora.
A agressão obrigou-o a ficar longe de boa parte da campanha eleitoral e forçou-o a passar por três cirurgias.
O presidente brasileiro muitas vezes lança dúvidas no Twitter sobre a autoria intelectual do ataque, o que implica que alguém o tenha ordenado por razões políticas.
A investigação realizada em sua época pela Polícia Federal concluiu, no entanto, que Bispo de Oliveira agiu sozinho.