Na última quinta-feira 4, o comando do Partido Social Liberal (PSL) agiu com rapidez para evitar que uma "rebelião" de parte dos deputados do partido atrapalhasse a votação da reforma da Previdência na Comissão Especial: deputados da sigla na comissão que pretendiam contrariar o governo foram trocados, e o relatório acabou aprovado praticamente do jeito que estava.
Considerada uma vitória do ministro da Economia, Paulo Guedes, a aprovação resultou num recorde histórico da Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou naquele dia acima de 103 mil pontos.
A reforma da Previdência é o principal desafio de Jair Bolsonaro (PSL) no começo do mandato.
Aprovar a reforma na Câmara antes do recesso dos congressistas, em 17 de julho, é uma prova de força importante para o governo.
Embora seja uma medida impopular, mudar as regras das aposentadorias é fundamental para ajustar as contas públicas, segundo justifica o governo: a meta atual é economizar cerca de R$ 1 trilhão em dez anos. No governo federal, o rombo das contas da Previdência tem crescido rapidamente. A diferença entre arrecadação e gastos foi de R$ 266 bilhões em 2018, segundo o Ministério da Economia.
BBC Brasil