Por solicitação da Polícia Federal, o Coaf teria iniciado investigação contra o jornalista Gleen Greenwald, do The Intercept, responsável pelo “vazamento” das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e outros integrantes da Lava Jato.
O problema é que a PF é subordinada ao hoje ministério da Justiça Sérgio Moro. E logo a investigação passou a ser tratada como intimidação.
O uso da PF e do Coaf, se confirmado, pode agravar o desgaste já entrando por moro na “Vazajato”.
Gleen reagiu. Em sua conta no Twitter, comentou a investigação: “Ou Sergio Moro e a Polícia Federal perderam a cabeça, ou alguém está usando os ingênuos em @o_antagonista para plantar Fake News tentando nos intimidar”, publicou.
A possibilidade de intimação ganhou forte repercussão. Fernando Haddad, que foi candidato a presidente pelo PT em 2018, disse que “Moro age para intimidar jornalista”.
O jornalista Kennedy Alencar comentou o caso e disse que o pedido da PF ao Coaf contra Greenwald “parece tentativa de intimidação”.
O senador Renan Calheiros também se posicionou pelo Twitter. Em vídeo, disse que a liberdade de imprensa está ameaçada.
“É preocupante a possibilidade de dois órgãos públicos, Coaf e Polícia Federal, possam estar sendo manipulados para intimidar jornalistas e ameaçar a liberdade de imprensa. Se for verdade, Moro acrescenta problemas muito graves à pilha de ilegalidades já exposta. É o caso do típico desprezo repugnante à democracia, às leis e pode caracterizar obstrução da investigação do escândalo que envolve o próprio ministro. A Polícia Federal e o Coaf não podem permitir isso”, disse Renan Calheiros.
Jornal de Alagoas