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Internacional
04/07/2019 17:00:00

Opep prorroga redução em vigor da produção de petróleo


Opep prorroga redução em vigor da produção de petróleo

A Opep e seus aliados, reunidos em Viena, aprovaram de forma unânime a proposta da Rússia e da Arábia Saudita de prorrogar por 9 meses a redução da produção em vigor para reforçar os preços do petróleo.

Os catorze Estados da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e seus dez aliados (liderados pela Rússia) expressaram, durante uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira, seu apoio unânime a esse compromisso, informou o ministro russo de Energia, Alexander Novak, aos jornalistas.

O anúncio fez o preço do barril de petróleo WTI para entrega em agosto disparar, em Nova York, acima dos 60 dólares pela primeira vez desde maio. Mas ele perdeu força e fechou a 59,09 dólares, com lucro diário de 62 centavos. Em Londres, o barril Brent do Mar do Norte para entrega em setembro teve alta de 32 centavos, a 65,05 dólares.

Na sexta-feira passada, à margem da cúpula do G20 em Osaka, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o objetivo de estender as atuais reduções de produção, a fim de apoiar os preços do petróleo.

Os 24 países, que extraem metade do petróleo mundial, decidiram em dezembro reduzir sua oferta acumulada de 1,2 milhão de barris por dia (mbd) para estimular os preços do petróleo.

Mas a crescente influência da Rússia, segundo maior produtor, e da Arábia Saudita, que se aliaram há três anos para enfrentar a queda nos preços, causa desconforto entre alguns produtores.

Quando chegou nesta segunda a Viena, o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Namdar Zanganeh, denunciou o carácter unilateral do acordo entre Moscou e Riad.

"O principal perigo que a Opep enfrenta agora é a unilateralização", disse o ministro, acrescentando que "a Opep morrerá com esse procedimento" de decisões, liderado por seu rival regional saudita.

O Irã também expressou sua oposição a qualquer acordo de cooperação de longo prazo para garantir a aliança da Opep e seus aliados, reagrupados no "Opep +".

Ainda assim, Teerã apoiará o teto de produção, do qual é isento em razão da reintrodução das sanções americanas que sufocam suas exportações de petróleo, informou o representante iraniano.

A extensão das quotas parece gerar consenso entre OPEP e seus parceiros, dada a necessidade de estabilizar os preços num contexto de fortes tensões geopolíticas em torno do Irã, da fraca demanda e uma oferta abundante.

O anúncio do acordo russo-saudita também permitiu que o preço do barril de petróleo WTI ultrapassasse os 60 dólares nesta segunda-feira, na abertura das bolsas europeias.

As reuniões em Viena tratarão da duração desse novo pacto, de seis ou nove meses, enquanto o ministro saudita da Energia, Khaled Al Falih, é favorável à prorrogação de nove meses.

Os riscos geopolíticos parecem ofuscados por uma demanda de energia lenta, em um contexto de guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e uma desaceleração global.

A Agência Internacional de Energia reduziu suas previsões mundiais de demanda de petróleo para 2019, enquanto a oferta continua abundante.

A produção de petróleo de xisto dos EUA continua a crescer, competindo com a OPEP e inflacionando as já elevadas reservas mundiais.

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