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Alagoas
01/07/2019 13:00:00

Petrobras divulga alertas de vendas de quatro refinarias

A estatal mantém plano de desinvestimentos de oito unidades de processamento com capacidade de processamento de 1,1 milhão de barris, cerca 50% do parque de refino da empresa


Petrobras divulga alertas de vendas de quatro refinarias
A Petrobras deu o pontapé inicial do seu programa de venda de refinarias, a partir da divulgação de alertas de venda de quatro empreendimentos e suas respectivas logísticas integradas. A estatal também anunciou que os “teasers” de outras quatro refinarias serão lançados ainda neste ano.  De acordo com a divulgação desta sexta-feira (28/6), a Petrobras mantém o plano de venda das oito refinarias, com capacidade de processamento de 1,1 milhão de barris diários e responsáveis por cerca de 50% do parque de refino da empresa.
 
Na opinião de Claudio Frischtak, presidente da InterB. Consultoria de Negócios, qualquer posição monopolista não é boa para a economia do país. “Romper o monopólio é importante sob vários aspectos: vai beneficiar o consumidor, as refinarias vão receber investimentos porque a Petrobras tem uma limitação de recursos para modernizá-las e ainda sinaliza que o mercado, dominado pela estatal, vai se abrir”, enumerou.
 
Como as refinarias são muito antigas e a tecnologia de refino, sobretudo de preservação do meio ambiente, mudou drasticamente nos últimos 50 anos, os investimentos são necessários. “Na minha opinião, faltam dois anúncios: a venda da Reduq (Refinaria de Duque de Caxias, de 1961), muito antiga e defasada, e do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), onde se gastou bilhões para nada”, afirmou. Para Frischtak, não faltarão interessados. “Claro que dependerá do preço, mas o Brasil está se tornando uma potência na área de petróleo e o país é importador líquido de combustível, ou seja, há espaço no mercado”, acrescentou.

Carteira

Estão na carteira de venda os seguintes ativos: Refinaria Abreu e Lima (Rnest), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (Rlam), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.
 
Conforme a estatal, a venda dessas oito refinarias será conduzida de acordo com “a sistemática de desinvestimentos da Petrobras, por meio de processos competitivos independentes, que ocorrerão em duas fases”.
 
A primeira fase começou hoje, com a publicação dos teasers das Rnest, em Pernambuco, Rlam na Bahia, Repar, no Paraná, e Refap, no Rio Grande do Sul, assim como seus ativos logísticos correspondentes. Os outros quatro alertas serão divulgados ainda este ano. “Os desinvestimentos em refino estão alinhados à otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os nossos acionistas”, afirmou a estatal.
 
No material disponível no site da companhia, a Petrobras informou que contratou o Citigroup como assessor financeiro para o processo de venda das quatro refinarias. Interessados devem noticiar o banco até 16 de agosto. Mais informações começarão a ser distribuídas em 15 de julho para compradores em potencial que tenham assinado o termo de confidencialidade. Podem participar empresas do setor de óleo e gás, com receita anual em 2018 superior a US$ 3 bilhões, ou investidores financeiros, com, pelo menos, US$ 1 bilhão em ativos. 

Clusters

No cluster Refap, segundo a Petrobras os ativos à venda compreendem a refinaria de petróleo, dois terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos extensos, que representam 9% da capacidade de refino de petróleo do país, 208 mil barris por dia. “O Sul apresenta um dos mercados de derivados de petróleo mais maduros do país, com previsão de crescimento estável da demanda nos próximos anos”, explicou a petroleira, no prospecto de venda.
 
Na Rnest estão à venda uma refinaria, 101 km de oleodutos e um terminal de escoamento de derivados para o mercado de cabotagem no Porto de Suape. “O sistema integrado de oleodutos e terminais de armazenamento está associado a uma capacidade de refino de 130 mil barris por dia (aproximadamente 5% da capacidade de refino do Brasil. “A região Nordeste é uma das regiões de mais rápido crescimento de consumo de combustível, com um expansão média de demanda de combustíveis entre 2012 e 2017 de 1,76%, em relação a um crescimento médio de 1,0% no Brasil”, informou.
 
O conjunto de ativos da Rlam inclui uma refinaria, 669 km de oleodutos e quatro terminais que funcionam como centros de armazenamento para os diferentes meios de transporte, garantindo a confiabilidade do fornecimento de óleo, GLP e derivados de petróleo, todos na Bahia. “O sistema integrado de oleodutos e terminais de armazenamento está associado a uma capacidade de refino de 333 mil barris por dia, aproximadamente 14% da capacidade do país”, disse.
 
O cluster Repar compreende uma refinaria com capacidade de refinoj de 208 mil barris por dia (9% do país), 476 km de oleodutos e cinco terminais de armazenamento, um no Paraná e quatro em Santa Catarina.
 
Correio Braziliense


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