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Especial
01/07/2019 08:30:00

Força feminina impulsiona greve dos jornalistas, em Alagoas

Movimento contra a redução de 40% do piso salarial já dura 6 dias e tem a adesão de 95% dos jornalistas alagoanos


Força feminina impulsiona greve dos jornalistas, em Alagoas

A participação feminina na greve dos jornalistas alagoanos, iniciada há seis dias, tem feito a diferença na mobilização da categoria. Como acontece nos quatro cantos do país, no estado de Alagoas as mulheres são maioria nas redações e nas assessorias de comunicação.

O principal motivo da paralisação é ameaça de redução de 40% do piso salarial da categoria, conquistado há décadas e que, ao longo dos anos já vem sofrendo desvalorização se comparado à época de sua instituição.

“Hoje, nosso piso salarial é pouco mais de três salários mínimos. No passado, representava sete salários mínimos. Este ano, as três maiores empresas de Comunicação do estado, além de negar a reposição da inflação propuseram corte de 40% no piso, afrontando a dignidade de toda uma categoria”, denuncia a jornalista Fátima Almeida, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal).

Jornalista Fátima Almeida, em pronunciamento, na Câmara Municipal

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Maceió, Fátima lembrou que, em Alagoas, o piso salarial do jornalista, dito um dos maiores do país, é teto. “Trabalhei 26 anos no jornal Gazeta de Alagoas (da família Collor). Entrei e sai de lá ganhando um piso”, ressalta Fátima.

Para a vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Valdice Gomes, que também já exerceu mandato de presidente do Sindjornal, o resultado da mobilização realizada pelos jornalistas alagoanos deve ter impacto direto nas lutas dos demais sindicatos da categoria, em todo o país.

“A presidente nacional da Fenaj (Maria José Braga) veio a Maceió logo no primeiro dia de greve, para nos apoiar e também por compreender que a situação vivenciada pelos jornalistas alagoanos serve de alerta para todo o Brasil. E nós, mulheres, que somos maioria em muitas redações e assessorias, país afora, já compreendemos nosso papel nessa mobilização. A sociedade, mais que nunca, precisa do Jornalismo e essa tentativa drástica de corte salarial diz muito do que está por vir”, ressaltou Valdice.

Também são destaques na condução da mobilização, as jornalistas Élida Miranda secretária de Estudos Sócio-Econômicos  do Sindjornal, e Emanuelle Vanderlei,  secretaria de Mobilização e Organização da entidade. Sem esquecer do papel relevante da estudante de Jornalismo Lysane Ferro na mobilização dos colegas para as assembleias e atividades definidas pelo Comando de Greve.

Segundo o presidente do Sindjornal, Izaías Barbosa, a categoria não aceita a redução do piso, sob qualquer hipótese. A redução é defendida pela redução, a   Organização Arnon de Mello (OAM),  gestora da TV Gazeta, jornal Gazeta de Alagoas e rádios Gazeta;  o Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM), que administra a TV Pajuçara, Rádio Pajuçara e portal de notícias TNH1; e Sistema Opinião, que administra a TV Ponta Verde e o portal OP9. (Fonte: Ascom/Sindjornal)

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