A greve dos jornalistas teve início após as três maiores empresas de Alagoas: Organização Arnom de Mello (OAM); Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM) e Sistema Opinião pedirem a redução de 40% no piso salarial da categoria. Mesmo após reuniões por parte dos diretores do Sindjornal (Sindicato dos Jornalistas Alagoanos) e dos representantes de cada grupo, as empresas não abriram mão.
Em assembleia dessa segunda-feira (24), mais de 90% dos jornalistas decidiram aderir à greve e desde a madrugada se concentraram na porta dessas três empresas, cruzando os braços e mostrando que rejeitam a proposta apresentada por elas.
Os jornais da Tv foram gravados e exibidos para a população com matérias que estavam “na gaveta”. Atualmente, o piso salarial é de R$ 3.565,27. Caso fosse reduzido, esse valor chegaria em média R$ 2.100.
O jornalista Marcelo Firmino relembrou, na assembleia de ontem, a luta que a categoria precisou enfrentar para ter a garantia do piso salarial.
Segundo Marcelo, tudo começou em 1982 quando havia fragmentação salarial. “As empresas pagavam cada repórter com um salário diferenciado e ninguém queria essa situação”.
Firmino disse que a única alternativa era fazer greve. “Uma parte do sindicato foi ao TRT no Recife para fazer um acordo e a luta foi grande”.
A greve foi tão intensa, que na época, passeatas foram realizadas dentro da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e acampamentos foram formados durante uma semana na porta das instituições privadas.
Após a greve, a vitória chegou: a conquista do piso salarial veio em 1991. O momento histórico e rico que aconteceu nos ano 90 se repete em 2019.
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