25/04/2024 00:39:15

Governo
19/06/2019 19:30:00

Servidores públicos cobram do governo de Alagoas diálogo sobre data-base

Reuniões foram agendadas pelas categorias e não houve avanço até agora, apontam sindicatos


Servidores públicos cobram do governo de Alagoas diálogo sobre data-base
Ilustração

A reclamação é geral. Os sindicatos que representam os servidores públicos estaduais de Alagoas denunciam não conseguir avançar um milímetro sequer na discussão sobre a data-base das categorias com o governo do Estado, discutida no mês de maio. O silêncio do governador Renan Filho (MDB) sinaliza, na opinião das entidades, que o reajuste anual poderá não ser concedido como ocorreu em 2016.

Maria Consuelo Correia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), disse que a negociação com o governo estadual "está péssima". 

 

"O governo não sentou com nenhuma categoria e não foi só com a educação não, com nenhum servidor público mesmo. Nós conseguimos com muita dificuldade há uns 15 dias sentar com o Luciano Barbosa, secretário de Educação, mas, mesmo assim, ele disse não tinha poder de discutir a questão financeira e que isso passava pelo governador e pela equipe econômica", declara Maria Consuelo.

Sem nenhum avanço após reunião com o secretário Luciano Barbosa, a presidente do Sinteal tentou também discutir a data-base, marcando reunião com a Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) e foi informada pelo gestor da pasta, segundo a sindicalista, que eles também não poderiam decidir. "O secretário (Fabrício Marques Santos) disse: eu não decido. Aí ficam jogando um para o outro e não avançou. Continuamos aguardando reunião, mas está muito difícil", explica Consuelo.

A presidente do Sinteal reforça que a pauta que trata da data-base dos servidores públicos estaduais não foi apresentada até agora pelos gestores estaduais. "Estamos sem proposta alguma, a data-base é maio, já estamos em junho e o governo não se pronunciou. A gente está nessa dificuldade, tentando mobilizar a categoria para ir para à luta, para reagir. A CUT já encaminhou ofício para a gente retomar a mesa de negociação, mas até então a gente não teve retorno", acrescenta. 

Os principais pontos de reivindicação do Sinteal são a recomposição salarial de 4,17% (piso nacional), reformulação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) e progressões devidas a mais de 4 mil servidores, de acordo com o Sinteal.

Wellington Silva, presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas, disse que a data-base da categoria é em setembro, diferente dos demais servidores públicos estaduais, mas que a situação já é preocupante. "Pela nossa lei de subsídio, a nossa data-base é em setembro, mas a gente vem conversando com o governo, segundo ele, só reajusta em setembro se der a todos os funcionários públicos e até então não acenou para nenhuma categoria. Estamos diariamente cobrando. Cobramos um reajuste de 3,75% do IPCA, como o de todo o funcionalismo", informou.

Olga Chagas, do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social (Sindprev), declara que até o momento o governo não sentou com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e já foi solicitada reunião com secretários. A diretoria do sindicato tenta articular uma assembleia para este mês e nela tirar uma pauta unificada dos trabalhadores. 

"Solicitamos reunião para discutir em que podemos avançar no IPCA e até o momento não existe nenhuma resposta e nem interesse do governo. Estamos caminhando para o mês de julho e até o momento não foi dado um sinal de que vai haver algum reajuste, embora a gente já tenha em mãos dados mostrando que no momento a Fazenda é superavitária e existe, sim, a possibilidade de dar esse reajuste, porém a régua de alguns governos é que a crise que se abate no País impede de se fazer qualquer reajuste para o trabalhador", reclamou a sindicalista.

A Gazetaweb fez contato com as assessorias da Seplag, Sefaz e Gabinete Civil. A assessoria da Sefaz disse que "para obter informações mais adequadas sobre o tema, sugerimos que entre em contato com a pasta responsável, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag)". Por sua vez, a Seplag informou que as negociações estão sendo intermediadas pelo Gabinete Civil. A reportagem tentou informações com essa pasta (Gabinete Civil), mas as ligações não foram atendidas. 

Gazetaweb



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 42
Notícias Agora
Google News