Segundo Witzel, basta uma guerra entre facções para que criminosos saiam às ruas para atirar a esmo e matar pessoas inocentes. Ele disse que o governo está de portas abertas aos jovens que tenham se envolvido com o crime e estejam dispostos a fazer uma delação.
"Podem ir para uma penitenciária especial e ter ali o resgaste de sua cidadania. Não queremos jovens mortos, queremos jovens salvos, resgatados. Mas, contra os que insistem em ir pro confronto e matar pessoas, a polícia deve agir com rigor", disse.
Letalidade policial
Ontem (26), manifestantes realizaram um protesto em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, contra a ocupação policial em áreas residenciais e criticaram o crescimento das ocorrências de mortes causadas por policiais. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), autarquia ligada ao governo estadual, 434 pessoas morreram no estado em decorrência de ações policiais no primeiro trimestre deste ano. O número representa um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado (368 mortes).
No início do mês, os dados do ISP foram encaminhados à Organização dos Estados Americanos (OEA) junto a uma denúncia apresentada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) contra Witzel, devido à sua política de segurança.
O documento também questionou um sobrevoo que o governador fez em comunidades da cidade de Angra dos Reis, no sul fluminense. O próprio Witzel divulgou um vídeo nas redes sociais no qual está em um helicóptero acompanhado de policiais, que efetuam diversos disparos de cima para baixo. Na ocasião, o governador alegou que a operação tinha como objetivo combater a bandidagem no município.