Recebeu e-mail sobre saldo de restituição do IR? Exclua imediatamente
A Receita Federal não envia mensagens eletrônicas sem autorização do contribuinte. O mais provável é que elas contenham vírus ou malwares
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Pouco mais de 20 dias após o fim do prazo para a entrega do Imposto de Renda 2019, começam a circular e-mails supostamente enviados pela Receita Federal. Um deles tem o seguinte título: "Informe Importante - Saldo de restituição disponível para retirada". O anúncio pode ser tentador à primeira vista, mas, nesse caso, é preciso ficar atento, pois trata-se de notícia falsa e maliciosa.
A mensagem eletrônica apresenta o logo da Receita Federal, o valor do suposto saldo residual do Imposto de Renda de 2018 — R$ 1.795,95 — e um prazo para a retirada do dinheiro diretamente em uma instituição bancária. No caso, 30 de maio.
Além disso, um alerta no fim do texto joga com a possível dúvida do contribuinte quanto ao "benefício":
"Caso não seja realizada o saque do saldo residual, poderá haver interferência na restituição do seu IRPF 2019, não devendo haver acumulo (sic) dos dois ano-base"
Para ter acesso ao lote residual, o cidadão, segundo o e-mail, precisa apresentar “o Termo de Saque Residual, juntamente com seu documento de identidade”. Esse tal termo estaria em um link disponível na própria mensagem.
Mas ATENÇÃO: esse é momento que exige mais cuidado. É bem provável que esse link contenha um vírus ou um malware, programa malicioso que se infiltra no computador e permite acesso de remoto.
(foto: Reprodução)
Erros de português no e-mail, como acúmulo sem acento, já dão a dica de que se trata de fake news. Para confirmar a suspeita, o Holofote entrou em contato com a Receita Federal. Por meio da assessoria de Comunicação, o órgão confirmou o risco de tais mensagens.
"Receita Federal alerta para e-mails falsos em nome da instituição
Mensagens iludem o cidadão, na tentativa de obter ilegalmente informações fiscais, cadastrais e financeiras
A Receita Federal alerta aos cidadãos para tentativas de fraude eletrônica envolvendo o nome da instituição e tentativas de aplicação de golpes via e-mail.
Tais mensagens utilizam indevidamente nomes e timbres oficiais e iludem o cidadão com a apresentação de telas que misturam instruções verdadeiras e falsas, na tentativa de obter ilegalmente informações fiscais, cadastrais e, principalmente, financeiras. Os links contidos em determinados pontos indicados na correspondência costumam ser a porta de entrada para vírus e malwares no computador.
A Receita esclarece que não envia mensagens via e-mail sem a autorização do contribuinte, nem autoriza terceiros a fazê-lo em seu nome.
A única forma de comunicação eletrônica com o contribuinte é por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), localizado em sua página na Internet.
Veja como proceder perante estas mensagens:
1. Não abrir arquivos anexados, pois normalmente são programas executáveis que podem causar danos ao computador ou capturar informações confidenciais do usuário;
2. Não acionar os links para endereços da Internet, mesmo que lá esteja escrito o nome da RFB, ou mensagens como "clique aqui", pois não se referem à Receita Federal; e
3. Excluir imediatamente a mensagem.
Para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais os contribuintes podem procurar as unidades da Receita Federal."
