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Maceió
23/05/2019 16:30:00

Pinheiro: começa recuperação de ruas danificadas


Pinheiro: começa recuperação de ruas danificadas
Ruas começam a ser recuperadas no Pinheiro

plano de obras de recuperação do pavimento de ruas danificadas por trincas causadas pela mineração no bairro do Pinheiro foi iniciado no último dia (16), pela petroquímica Braskem e deve ser concluído em seis meses.

A informação foi repassada pela assessoria de comunicação da companhia. “Está é uma das ações de mitigação constantes no Acordo de Cooperação Técnica firmado entre Braskem, Município de Maceió, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AL) e os ministérios públicos Federal (MPF), Estadual (MPE) e do Trabalho (MPT). Sobre o serviço de recuperação do pavimento em ruas do Pinheiro, especificamente, segundo o engenheiro Murilo Lobo, responsável pela empresa contratada, o prazo de conclusão é de seis meses.

Ainda de acordo com a empresa, o plano prevê também a substituição da rede de drenagem pluvial nos locais onde o serviço será realizado. O objetivo da iniciativa conduzida pela Braskem é garantir a segurança e a trafegabilidade nas vias, além de reduzir o risco de infiltrações de água no solo do bairro através das fissuras. Os trechos das vias públicas e as soluções construtivas para cada área foram definidos junto com o município de Maceió com base no mapa de feições elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Segundo a Braskem, o valor investido para a realização de todas as ações é de, aproximadamente, R$ 13 milhões. As atividades da empresa contratada tiveram início na Alameda São Benedito, onde fica o condomínio Divaldo Suruagy.

PREFEITURA

O Termo de Cooperação Técnica foi assinado entre a Prefeitura e a Braskem na sexta-feira (3).

Segundo a prefeitura, o plano tem como objetivo monitorar o bairro e reduzir os efeitos da chuva nas vias e imóveis atingidos pelas rachaduras.

“O documento traz em detalhes as ações que estão sendo realizadas no bairro e as obrigações, tanto da Braskem quanto da Prefeitura, para que tudo seja executado conforme os termos acordados”, afirma Arthur Rodas, coordenador de Ação e Contingência da Defesa Civil de Maceió.

Moradores criticam obras de medidas paliativas no bairro

 

Para Sebastião Vasconcelos, do movimento Pinheiro Alerta, a questão não é recuperar o asfalto, e sim o subsolo. “Acredito que quando sair o novo mapa de risco terá a situação definitiva. Temos algumas ruas em situação bastante crítica. Será que em 180 dias como estão falando resolve a situação do subsolo do bairro? Não acredito. A maior preocupação dos moradores do bairro é com o subsolo de todo o Pinheiro”, comenta.

Sebastião também crítica o valor empregado nas obras. “Esse valor não para nada. Por isso chamam de medida uma paliativa. Para resolver a situação do subsolo é muita grana”.

Geraldo Vasconcelos do Movimento SOS Pinheiro também crítica à maneira que as obras estão sendo feitas. “A posição do movimento é que esses serviços não deveriam ser executados pela Braskem, são obrigações do município. A Braskem em 44 anos de exploração do sal-gema embaixo dos nossos pés nunca se preocupou em ter responsabilidade social, somente agora recebeu essa incumbência gratuitamente”.

Um morador do bairro, que não quis ser identificado, estava olhando as equipes trabalhando no local e disse que a medida é uma vergonha. “Isso nem paliativo é. A nossa preocupação é com as rachaduras nos apartamentos e casas. Como será resolvido está situação. Cavar o asfalto, deixar ele bonito vai resolver nossa situação. Não sou engenheiro, mas não acredito neste trabalho”.

EXECUÇÃO

Entre os serviços realizados no local, está incluída a remoção parcial do pavimento existente, que envolve o revestimento, as camadas de sub-base e base, além de parte do terreno de fundação preparado para receber o pavimento. Segundo a empresa, esta fase da intervenção tem como objetivo garantir uma boa condição de fundação para as ruas e avenidas do bairro.

Além disso, em todos os casos, está prevista também a remoção de solos até uma profundidade de aproximadamente 1,5 metro, na largura da rua. Ao final da escavação, será feita a compactação da camada de fundação, com uso de equipamentos de terraplenagem. Em seguida, será instalada, no fundo da vala, uma geogrelha, que é uma tela resistente à tração que serve como estrutura de reforço para solos com baixa capacidade de sustentação.

Este equipamento será associada a uma manta geotêxtil de não-tecido com propriedades hidráulicas, físicas e mecânicas. Dessa forma, a estrutura proporciona uma alta permeabilidade de água com excelente capacidade de filtração. Após a conclusão da instalação da geogrelha, a vala será fechada e o pavimento asfáltico reconstituído.

Durante as obras, a empresa contará com o apoio da Defesa Civil, além de outros órgãos municipais como a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), que fará o controle do trânsito local.

Por questões de segurança, o tráfego de pessoas e veículos pelas ruas impactadas não será permitido durante a execução do serviço. (Com assessoria)

Fonte: Tribuna Independente / Lucas França



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