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Saúde
19/05/2019 08:30:00

HIV/Aids: levantamento mostra o número de diagnosticados nos municípios alagoanos

No painel demonstrativo União dos Palmares apresenta 7 casos confirmados


HIV/Aids: levantamento mostra o número de diagnosticados nos municípios alagoanos
Ilustração

Alagoas registrou, no primeiro trimestre deste ano, 190 casos de HIV. 58 foram contabilizados em janeiro, 87 em fevereiro e 45 em março. Foram 122 homens e 68 mulheres diagnosticados. Jovens entre 20 a 29 anos ocupam o primeiro lugar no ranking, seguido por adultos de 30 a 30 anos.

Os dados foram repassados ao Folha de Alagoas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). De acordo com a pasta, a capital alagoana lidera o topo de portadores do vírus causador da Aids, bem como da própria Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

A reportagem apurou que os portadores HIV, que descobriram o diagnóstico no primeiro trimestre de 2019, são naturais de: Arapiraca (13), Atalaia (6), barra de Santo Antônio (1), Branquinha (1), Cacimbinhas (1), Campo Alegre (1), Capela (2), Coité do Nóia (1), Coruripe (7), Dois Riachos (2), Flexeiras (1), Igreja Nova (1), Jequiá da Praia (2), Junqueiro (1), Maceió (96), Major Isidoro (2), Maragogi (1), Marechal Deodoro (1), Matriz de Camaragibe (1), Murici (1), Olho D’Água das Flores (3), Ouro Branco (1), Palmeira dos Índios (2), Pão de Açúcar (1), Paripueira (1), Penedo (2), Pilar (1), Porto Calvo (2), Porto de Pedras (1), Rio Largo (7), Santa Luzia do Norte (1), Santana do Ipanema (2), São Luís do Quitunde (2), São Miguel dos Campos (8), Teotônio Vilela (6), Traipu (1) e União dos Palmares (7).

Já em relação à Aids, houve 37 diagnósticos no Estado. Sendo: Arapiraca (4), Barra de Santo Antônio 1, Colônia Leopoldina (1), Coruripe (1), Maceió (19), Marechal Deodoro (1), Messias (1), Palmeira dos Índios (2), Porto Calvo (2), Santana do Ipanema (1),

Teotônio Vilela (1), União dos Palmares (1) e Viçosa (2). Em relação à doença, adultos de 30 a 39 anos lideram os casos, seguidos de jovens de 20 a 29 anos.

No ano passado, a Saúde alagoana contabilizou 775 casos de HIV e 336 de Aids, pacientes oriundos de todos os municípios alagoanos.

Por meio de sua Assessoria de Comunicação, a Sesau informou que, numa estratégia inovadora, intensificou a testagem para sífilis, HIV, hepatite C e B em ações de mutirão através do Projeto CTA Itinerante, alinhando-se dessa forma ao cumprimento da Meta 90-90-90, da Organização Mundial de Saúde (OMS). A Organização pactuou com o Brasil que até, 2020, 90% das pessoas portadoras de HIV devem ter conhecimento da sua situação sorológica, 90% das pessoas vivendo com HIV/AIDS devem ter acesso a atendimento especializado, e 90% destas devem manter sua carga viral indetectável.

“Com o alcance das metas desta cascata de cuidado, é possível controlar a epidemia do HIV, já que a carga viral sustentadamente indetectável, é garantia de ausência de transmissão do vírus, quer por via sexual ou vertical (da mãe para seu filho). Com a implantação dos testes rápidos para o diagnóstico da infecção pelo HIV, por meio do Projeto Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante, a Sesau conseguiu atender, de abril a novembro do ano passado, 5.267 pessoas. Desse total, 31 receberam a confirmação de soropositividade”, informou a pasta.

PREP: O QUE É?

Já imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de maneira significativa, chegando quase à zero, se utilizado da forma correta, as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição de risco?

É basicamente assim que funciona o método de prevenção ao HIV oferecido pelo Ministério da Saúde. Entretanto, Alagoas é um dos poucos Estados do Brasil que ainda não oferece a PrEP, como é chamada Profilaxia Pré-Exposição.

A capital alagoana, conforme apurou a reportagem do Folha de Alagoas, foi a única cidade do estado a conseguir a habilitação para oferecer esse novo procedimento, mas o serviço ainda não está sendo disponibilizado à população.

A falta de profissionais, de acordo com Géssyka Cavalcante de Melo, coordenadora do bloco I, do Pan Salgadinho, era o motivo. Mas, a enfermeira garante que foram contratados dois médicos, sendo um clínico geral e um infectologista, para dar início ao tratamento para quem precisa.

“A nossa meta era iniciar a distribuição da PrEP no ano passado, mas uma de nossas médicas pediu exoneração e ficamos sem recursos humanos. Entrei em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e conseguimos a contratação de dois médicos, que darão suporte tanto aos pacientes com HIV, quanto a quem vai começar a PrEP”, disse a enfermeira.

A coordenadora do bloco I acredita que, até a o final de maio, o serviço estará disponível ao público alvo, dentre eles são homens que fazem sexo com homens, pessoas sem parceiro fixo e alheias ao uso do preservativo, profissionais do sexo, usuários de drogas e casais sorodiscordantes (um dos parceiros é soropositivo e o outro, não). “Conversamos com o Governo do Estado e já solicitamos a medicação de volta”, reforçou.

A enfermeira creditou ainda a morosidade para oferecer a PrEP devido a grande demanda que o bloco I tem. “Atendemos pacientes de todo o Estado. O Hospital Universitário retomou o atendimento a pessoas com HIV recentemente, e o Helvio Auto só recebe casos específicos. Então, estamos sobrecarregados”.

Para a enfermeira Géssyka Melo, há um reforço necessário a ser feito, mesmo utilizando a PrEP: a utilização do preservativo nas relações sexuais. “Só a camisinha previne das outras infecções sexualmente transmissíveis – como a sífilis e gonorreia. além de evitar a gravidez. Por essa razão é importante o uso dela”, defende a coordenadora do bloco I.

Guilherme Carvalho Filho – Jornal Folha de Alagoas



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