Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na última terça-feira (14), sugere que é possível reduzir o risco de demência seguindo uma vida equilibrada e alimentação saudável.
A organização afirma que hábitos saudáveis, como comer alimentos saudáveis, não fumar, evitar consumo excessivo de álcool, controlar o peso e cuidar da saúde em geral, são necessários para evitar o risco de doenças como o Alzheimer.
“Nos próximos 30 anos, o número de pessoas com demência pode triplicar”, alertou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Nós precisamos fazer tudo para diminuir este risco.”
As evidências científicas mostram que o que suspeitávamos: de fato, o que faz bem para nosso coração, também faz bem ao nosso cérebro.Tedros Adhanom Ghebreyesus
Além de não fumar e fazer atividade física regular, o guia também recomenda seguir uma dieta saudável baseada em vegetais, frutas, gorduras boas e reduzir o consumo de carne vermelha e industrializados.
Tal recomendação se assemelha com a dieta mediterrânea, elogiada por especialistas da área da Saúde e apontada como a principal razão pela longevidade de populações da Itália, Espanha e Portugal.
“A dieta mediterrânea é a dieta mais pesquisada nos últimos anos, e é a que tem maior relação com as funções cognitivas”, diz a OMS. “Diversos estudos observacionais concluíram que a aderência da dieta Mediterrânea está associada à diminuição do risco de comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer”.
Além disso, a organização recomenda cuidado com o peso, hipertensão, diabetes e colesterol.
Demência é uma condição caracterizada pela deterioração na função cognitiva que pode aparecer na idade avançada. Ela afeta a memória, raciocínio, orientação, compreensão, cálculos, capacidade de aprendizado, idiomas e julgamentos. Demência também pode resultar em diversas doenças que afetam o cérebro, como o Alzheimer e AVC.
A condição tem chamado atenção das autoridades e órgãos governamentais por ter aumentado rapidamente nos últimos anos: cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo foram diagnosticadas com demência e há cerca de 10 milhões de novos casos todos os anos.