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Alagoas
13/05/2019 10:30:00

Braskem deve continuar produzindo se não oferecer mais riscos, diz Renan Filho


Braskem deve continuar produzindo se não oferecer mais riscos, diz Renan Filho
Ilustraçãoi

O governador Renan Filho enfrenta um dilema. De um lado o governo, ao retirar as licenças ambientais da Braskem, contribuiu para a paralisação da indústria. Do outro, teme pelo impacto que o fechamento da maior fábrica de Alagoas terá na economia do Estado.

Em entrevista à TV Gazeta, o governador “mediu palavras” ao falar sobre a suspensão das atividades da Braskem em Alagoas.

Renan Filho defende o funcionamento da Braskem, desde que a empresa não ofereça novos riscos ao alagoano.

“Vamos com serenidade conversar para que não traga impacto econômico, que eventualmente a empresa continue produzindo desde que não tragar riscos para o cidadão alagoano”, afirmou.

O governo ainda não tem dimensão do impacto que terá a paralisação da produção da Braskem em Alagoas.

Reportagem da Gazeta de Alagoas deste final de semana aponta que só em pagamento dos principais fornecedores (Chesf, Algás e prestadores de serviço), a empresa deixará de pagar mais de R$ 200 milhões.

Uma das mais afetadas será a Algás, que deve deixar de faturar só com a Braskem cerca de R$ 60 milhões.

O fim da exploração do sal gema deve provocar uma reação em cadeia no setor da química e do plástico. Num primeiro momento, a planta da Braskem em Maceió vai parar de fabricar Soda e Cloro, além de outros compostos que são a base de produção de MVC e PVC.

A parada da planta em Maceió deve provocar desabastecimento que afetará a fábrica de PVC da Braskem no Polo de Marechal Deodoro. A parada deve ocorrer em breve pelo que sinaliza a Braskem e deve afetar dezenas de empresas que usam o PVC para a produção de diversos produtos, a exemplo de tubos, conexões, cabos etc.

A cadeia da química e do plástico em Alagoas tem mais de 80 empresas e gera cerca de 10 mil empregos. Não se sabe quanto o setor movimenta na economia, nem quanto arrecada de impostos para o Estado. Mas o impacto, como tem admitido o próprio governo, “será muito grande”.

O que diz o governador

Na entrevista à TV Gazeta, Renan Filho admite que a decisão da Braskem veio após a suspensão de licençãs do governo.

“Com o laudo da CPRM, o governo do Estado suspendeu as licenças de operação da Braskem e a Aagência Nacional de Mineração também. Por isso eles resolveram paralisar a operação da indústria. Nós depois disso vamos com serenidade conversar para que não traga impacto econômico que eventualmente a empresa continue produzindo desde que não tragar riscos para o cidadão alagoano”, aponta

O governador promete cobrar responsabilidades, mas isenta o IMA de “culpa” na concessão das licenças para a Braskem.

“Olha as informações normalmente são prestadas pela própria para empresa. Por isso a empresa foi multada, por não prestar informações com a devida fidedignidade ao IMA. A Agência Nacional de Mineração também só suspendeu as licenças depois do laudo da CPRM, que levou quase seis meses para ser elaborado. Então esse caso é um caso complexo, todos os responsáveis precisam ser devidamente responsabilizados. É assim que o estado de Alagoas vai tratar e é isso que a gente tem cobrado”, afirma.

Jornal de Alagoas



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