É dia de reação das universidades federais em Brasília. Pouco mais de uma semana após o Ministério da Educação anunciar corte de 30% no orçamento das universidades e escolas federais, reitores e representantes de mais de 60 instituições vão à capital nesta terça-feira, 7, para pressionar o governo a dar explicações sobre a decisão.
Os reitores em Brasília farão às 11h sua primeira reunião com a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, criada após o anúncio dos cortes e que conta com 70 deputados e cinco senadores, segundo informou a Frente a EXAME. Também nesta terça-feira, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, onde deve ser questionado pelos senadores sobre os cortes.
Weintraub anunciou o contingenciamento há pouco mais de uma semana, a princípio dizendo que ele valeria apenas para três universidades específicas — a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) —, que afirmou estarem fazendo “balbúrdia” em vez de melhorarem o desempenho acadêmico.
O desempenho acadêmico alegado pelo Ministério da Educação (MEC), contudo, nunca foi melhor: duas das três universidades melhoraram sua posição no ranking Times Higher Education em 2018, e todas estão entre as 50 melhores da América Latina. Para evitar polêmicas, o MEC estendeu o corte a todas as instituições federais dias depois.
Exame