26/04/2024 16:36:53

Saúde
07/05/2019 09:30:00

Mais de 11 mil procedimentos cardíacos já foram realizados pela Casa do Coraçãozinho


Mais de 11 mil procedimentos cardíacos já foram realizados pela Casa do Coraçãozinho
ILustração
Texto de Marcel Vital

Desde que foi inaugurada, em dezembro de 2016, até março deste ano, a Casa do Coraçãozinho, já realizou 4.852 consultas, 4.604 ecocardiogramas, 1.581 eletrocardiogramas, 81 exames de raios-X, 157 exames de hemodinâmica e 338 cirurgias, totalizando 11.613 procedimentos. Mantida em Maceió pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a unidade tem como finalidade o atendimento aos pequenos alagoanos que sofrem com algum tipo de cardiopatia.

Somente este ano, 35 crianças já passaram por cirurgias cardíacas. O espaço, que foi concebido dentro de um modelo de excelência, possui consultórios médicos, uma área de treinamento para pediatras e cardiopediatras, auditório, brinquedoteca, centro de diagnóstico e salas de treinamento, para que, juntos, num mesmo ambiente, acolham da melhor forma possível às crianças e seus familiares.

“O foco da Casa do Coraçãozinho não é simplesmente dar o diagnóstico ou encaminhar a criança para ser submetida ao processo cirúrgico. Ela garante o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento ao longo de todo tratamento”, salienta o diretor executivo da Casa do Coraçãozinho, Otoni Veríssimo.

Mas, antes da implantação do Serviço Estadual de Cardiopatia em Alagoas, segundo ressalta o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, as crianças com cardiopatia precisavam realizar o tratamento fora do Estado. “Graças ao Governo de Alagoas, foi criado um serviço que acolhe, monitora, trata e acompanha toda e qualquer criança alagoana que nasça com alguma doença no coração, sobretudo por ser um centro de atividades multiprofissional e multidisciplinar”, enfatizou.

Beneficiada – Entre as centenas de crianças beneficiadas pela Casa do Coraçãozinho, está a pequena Maria Grasiely, de dois anos. Natural de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, a suspeita do problema cardiológico ocorreu após o nascimento, segundo relata a mãe, Jackeline Lopes, de 33 anos.

Após o ecocardiograma e um diagnóstico precoce, realizado em Maceió por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), uma cardiopediatra diagnosticou que a menina, com um mês e meio, tinha sopro – nome do ruído produzido pela passagem do sangue pelas estruturas do coração. A criança foi encaminhada para a cirurgia. O procedimento deveria acontecer com seis meses de vida. Contudo, não pode ser realizado porque a pequena precisava ganhar peso.

À época, Maria Grasiely pesava 7,5 quilos e precisava aumentar mais 2,5 para se submeter à cirurgia. “Ela apresentava cansaço, suava bastante, não conseguia ficar em lugares abafados e, conforme o tempo ia passando, o coraçãozinho dela aumentava”, recorda a mãe.

 Jackeline Lopes relata que, graças ao Serviço Estadual de Cardiopediatria, a filha fez o procedimento cirúrgico está bem (Foto: Carla Cleto)

Após um mês da cirurgia, a família começa a assistir, emocionada, aos processos evolutivos graduais da criança. “Hoje, ela está com 10,5 quilos. Uma menina completamente diferente de meses atrás. Ela brinca e se alimenta de forma bastante saudável. Ainda guardo a imagem com alegria da vez em que ela dormiu a noite inteira, sem interrupções”, lembra Jackeline Lopes.

Atualmente, nas palavras da mãe da criança, ela está brincando e alegre. “É gostoso de ver. Se ela não fosse diagnosticada a tempo, isso acarretaria em outros problemas, podendo vir a óbito. Só tenho a agradecer a equipe que compõe a Casa do Coraçãozinho, desde o pessoal da limpeza até o cirurgião que operou minha filha”, relata.

Funcionamento

A Casa do Coraçãozinho funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Os pais e as crianças são atendidos por uma equipe multiprofissional, formada por assistentes sociais, enfermagem, médicos, cirurgiões cardiovasculares e pediátricos, cardiopediatras, pediatras, psicólogos e fisioterapeutas.

Projeto Coração de Estudante

Grande parte das crianças que são atendidas na Casa do Coraçãozinho é, em geral, pelo Programa Coração de Estudante. Desde junho de 2016, rastreia e identifica precocemente a cardiopatia congênita em crianças de dois a seis anos, nas escolas públicas dos municípios alagoanos. Ao todo, 5.058 pequenos corações já foram beneficiados com o serviço.

O projeto é formado por uma equipe de cardiologistas, cardiopediatras e cirurgiões cardiovasculares do Hospital do Coração de Alagoas, além de acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Tiradentes (Unit), Centro Universitário Cesmac e Liga Acadêmica Cardiovascular da Ufal (LAVC).

Agência Alagoas



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 44
Notícias Agora
Google News