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Internacional
05/05/2019 16:30:00

Coreia do Norte testa lança-foguetes e armas teleguiadas


Coreia do Norte testa lança-foguetes e armas teleguiadas
Ilustração

A Coreia do Norte testou múltiplos lança-foguetes de longo alcance e armas táticas teleguiadas em "exercícios" supervisionados pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, reportou neste domingo (noite de sábado, 4, no Brasil) a agência estatal KCNA.

A agência noticiou que os exercícios foram realizados no sábado, quando a Coreia do Norte disparou mísseis de curto alcance na direção do mar do Japão.

"O objetivo destes exercícios foi inspecionar as capacidades operacionais e a precisão de disparo dos lança-foguetes múltiplos de grosso calibre, assim como as armas táticas teleguiadas", acrescentou a agência, informando que os disparos foram direcionados para o mar do Japão.

Também no sábado, a Coreia do Norte "lançou vários projéteis de curto alcance" da península de Hodo, perto da cidade costeira de Wonsan, em direção nordeste entre as 9H06 locais (21H06 de sexta, horário de Brasília) e as 9H27 locais, disse o Comando Conjunto das Forças Armadas da Coreia do Sul. Em um primeiro comunicado fez referência a "mísseis".

Os projéteis recorreram entre 70 e 200 km sobre o mar do Japão, segundo o texto. De acordo com o ministério japonês de Defesa "não há confirmação" de que os mísseis sobrevoaram seu território.

O presidente americano, Donald Trump, disse no sábado estar confiante na vontade de Kim Jong Un em alcançar um acordo sobre a questão nuclear, apesar do anúncio dos disparos de mísseis de curto alcance.

"Acho que Kim Jong Un compreende plenamente o grande potencial econômico da Coreia do Norte, e não haverá nada para interferir ou acabar com ele", reagiu Trump no Twitter.

"Também sabe que estou com ele e que não quer quebrar sua promessa. O acordo será cumprido!", acrescentou o presidente.

A presidência sul-coreana disse se sentir "muito preocupada" porque o lançamento fragiliza um acordo militar assinado pelas duas Coreias em Pyongyang no ano passado.

"Pedimos a participação ativa da Coreia do Norte nos esforços para retomar rapidamente o diálogo", afirmou em um comunicado.

No começo desta semana, Pyongyang advertiu Washington de um "resultado indesejável" se não ajustasse sua posição para o fim do ano, depois de três meses de paralisação nas negociações sobre o programa balístico e nuclear da Coreia do Norte.

"Nossa resolução sobre a desnuclearização permanece intacta e o faremos quando chegar o momento", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui.

"Kim decidiu lembrar o mundo e concretamente os Estados Unidos que suas capacidades armamentísticas aumentam a cada dia", avaliou Harry J. Kazianis, diretor de estudos coreanos no Center for the National Interest en Washington.

O especialista teme "o início do retorno à época das ameaças de guerra nuclear e dos insultos pessoais, um ciclo de tensões perigosas que se deve evitar a todo custo".

A iniciativa norte-coreana ocorre antes da visita ao Japão e à Coreia do Sul, na semana que vem, do representante especial dos Estados Unidos, Stephen Biegun.

Segundo Washington, ele vai abordar com seus interlocutores os "esforços para avançar rumo a uma desnuclearização completa e totalmente controlada da Coreia do Norte".

Em novembro e abril passados, Pyongyang já tinha anunciado testes de misteriosas "armas táticas", sem dar mais detalhes. Foram os primeiros testes de armas anunciados pelo Norte desde o início, em 2018, das negociações com os Estados Unidos sobre seus programas militares.

Até agora, o regime norte-coreano se absteve de testar mísseis balísticos ou armas nucleares, o que suporia o fim definitivo de sua aproximação com o Sul e os Estados Unidos. O último disparo de mísseis ocorreu em novembro de 2017.

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