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Economia
04/05/2019 10:00:00

Crise na Venezuela pode elevar preço do combustível no Brasil, diz Bolsonaro


Crise na Venezuela pode elevar preço do combustível no Brasil, diz Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro declarou que o preço do combustível no Brasil pode subir com o agravamento da crise na Venezuela. A afirmação ocorreu após uma reunião no Ministério da Defesa, em Brasília, para avaliar a situação do país vizinho, nesta quarta-feira (1).

De acordo com ele, a política de reajuste adotada pela Petrobras responde ao cenário internacional e a Venezuela é uma das mais importantes produtoras de petróleo no mundo.

“Uma preocupação existe sim, com essa ação e com embargos, o preço do petróleo a princípio sobe. Temos que nos preparar, dada a política da Petrobras [de seguir os preços do mercado internacional] e de não intervenção de nossa parte [do governo], mas poderemos ter um problema sério dentro do Brasil como efeito colateral do que acontece lá”, disse o presidente.

"Vamos conversar para nos antecipar a problemas de fora que venham de forma bastante grave”, completou.

Bolsonaro também demonstrou preocupação com o fornecimento de energia elétrica do país para Roraima. O serviço no Linhão de Guri, que desde 2001 abastece o estado, foi cortado no dia 7 do mês passado em meio a um apagão histórico.

Para ele, é necessária a construção do linhão de energia na Amazônia, de Manaus a Boa Vista - leiloado em 2011 e onde há, em sua extensão, uma parte pertencente aos indígenas Waimiri-Atroari, que vivem no sul de Roraima e norte do Amazonas.

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“É um problema sério. Não é nenhum boicote, é porque, ao não fazer a manutenção da retransmissão, não recebemos mais energia. A situação é emergencial e não podemos continuar de forma eterna com a energia de óleo diesel porque o resto do Brasil paga um pouca mais de R$ 1 bilhão para a energia de Roraima”, disse.

Além do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o encontro contou ainda com a presença dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e com os comandantes das Forças Armadas.

A reunião aconteceu um dia após a noite em que os líderes da oposição Juan Guaidó e Leopoldo López iniciaram uma ação para tentar derrubar o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.

Neste dia o petróleo Brent estava sendo negociado perto de US$ 73 o barril, abaixo da máxima em seis meses (US$ 75), atingida na semana passada devido a cortes sauditas e pela queda na produção da Venezuela e do Irã, que enfrentam sanções dos EUA que limitam suas exportações.

Na terça-feira, o barril do Brent fechou a 72,06, com alta de 0,52%. Nesta quarta-feira, segundo a Bloomberg, estava cotado a um valor ainda mais baixo às 14h50m: US$ 71,79.

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