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14/04/2009 00:00:00

Polícia


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Em pouco mais de um mês de trabalho a Força-Tarefa da Polícia Federal conseguiu concluir 21 inquéritos de crimes de corrupção eleitoral cometidos em Alagoas durante as eleições de outubro do ano passado. Dentre os indiciados nos inquéritos, a vereadora Fátima Santiago e os prefeitos eleitos de São Luis do Quitunde, Jean Cordeiro, e Rio Largo, Toninho Lins.

Os detalhes do trabalho executado pela Força-Tarefa foram transmitidos pelo superintendente adjunto da Polícia Federal em Alagoas, delegado Nilton Ribeiro, durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Jaraguá. A coletiva contou com a presença do superintendente José Pinto de Luna, o representante da OAB, Paulo Breda, e o presidente da Almagis, Maurílio Ferraz.

Segundo Ribeiro, foram realizadas 139 diligências, 111 oitivas, 26 pessoas indiciadas e 21 inquéritos concluídos e encaminhados à Justiça. Dentre os inquéritos citados, o delegado destacou três como sendo os mais relevantes.

No inquérito de número 137/2009 a PF concluiu que a vereadora Fátima Santiago e outras nove pessoas ligadas a ela praticaram crime eleitoral. Eles foram indiciados por compra de votos e cadastro de eleitores.

O inquérito nº 764/2008 indicia o prefeito de São Luis do Quitunde, Jean Fábio Cordeiro, o delegado da coligação, Antonio Nobre Pereira, e outras seis pessoas por transporte ilegal de eleitores durante o pleito.

O terceiro inquérito citado foi o de nº 527/2008. O prefeito eleito de Rio Largo, Toninho Lins e outras 10 pessoas, entre a vice-prefeita, vereadores do município e coordenadores de campanha estão sendo indiciados por compra de votos. Durante as eleições, duas pessoas ligadas ao candidato foram flagradas pela PF, com dinheiro que seria entregue aos cabos eleitorais para compra de votos.

O delegado disse ainda que há nos 160 inquéritos que estão sendo analisados pela Força-Tarefa, outros prefeitos eleitos e candidatos derrotados nas eleições sendo investigados. Ribeiro destacou que o trabalho foi possível graças às denúncias da população à OAB, PF e TRE. “A PF constatou que a maioria das denúncias procede e isso deve servir de medida educativa, tanto para os eleitores quanto para os políticos que negociaram votos”, disse.

O superintendente José Pinto de Luna comentou que durante as viagens ao interior do Estado a própria população confessou que trocou voto até por uma lata de doce e doses de cachaça. "Apesar de confessarem, as pessoas já sabem que é crime comprar e vender o voto, o que demonstra que estamos atingindo nosso objetivo de esclarecer a população".

Vereadores

No momento dois vereadores da Câmara Municipal de Maceió estão indiciados, Fátima Santiago e Nery Almeida, que tiveram seus inquéritos remetidos à Justiça. O delegado Luis Marques deve concluir os inquéritos do vereador Dino Júnior e do candidato Berg Holanda.

com alagoas24horas // danyelle silva e vanessa alencar



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