24/04/2024 07:02:55

Justiça
26/04/2019 08:00:00

Raquel Dodge pede ao STF 22 anos de prisão para Collor na Lava Jato


Raquel Dodge pede ao STF 22 anos de prisão para Collor na Lava Jato
Senador por Alagoas Fernando Collor

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quinta-feira (25) que o Supremo Tribunal Federal (STF) imponha ao senador alagoano Fernando Collor de Mello (Pros) uma pena de 22 anos, 8 meses e 20 dias em ação penal no âmbito da operação Lava Jato. Dodge apontou uma suposta participação do parlamentar, no recebimento de propinas que, somadas, chegariam a R$ 50,9 milhões em contratos da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

 

Raquel Dodge detalha que entre “2010 e 2014” uma organização criminosa instalou-se nas Diretorias da Petrobrás Distribuidora S/A-BR Distribuidora- capitaneadas pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em particular na figura do senador Fernando Collor, e também pelo Partido dos Trabalhadores (PT), com destaque para o deputado federal Vander Loubet.

 

Segundo a procuradora, Collor participou de supostas propinas de pelo menos R$ 9.950.000,00 em razão de contrato de troca de bandeiras em postos de combustíveis. Também de vantagens de pelo menos R$ 20.000.000,00 em razão de contratos para a construção de bases de distribuição de combustíveis celebrados entre a BR Distribuidora.

Dodge diz que Collor também integrou suposto esquema envolvendo pelo menos R$ 1.000.000,00 em propinas em razão de contrato de gestão de pagamentos e programa de milhagens. E que se envolveu também em um esquema de propinas no valor de R$ 20.000.000,00 para viabilizar um hipotético e futuro contrato de construção e leasing de um armazém de produtos químicos em Macaé/RJ.

A procuradora também expôs a compra de carros de luxo, apartamentos e obras de arte como parte de lavagem de dinheiro imputada ao senador alagoano, com o uso de supostas propinas. Segundo Dodge, as contas bancárias pessoais de Collor movimentaram R$ 2,6 milhões entre janeiro de 2011 e abril de 2014, na forma de depósitos em dinheiro.

Raquel Dodge reforçou ainda que a culpabilidade do fato de que Collor foi deputado federal, governador de Estado e presidente da República “afastado do cargo precisamente por corrupção”.

Ainda segundo a procuradora, “agora, anos depois, como senador da República, há não apenas suspeitas, mas provas para além da dúvida razoável de que cometeu crimes”.

Em sua defesa, o senador Fernando Collor declarou que “mais uma vez será demostrada a fragilidade da denúncia”.

Cada Minuto



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 41
Notícias Agora
Google News