Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010 diz que o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência.
No mesmo censo do IBGE os dados revelam que mais de 27% da população alagoana tem algum tipo de deficiência. Isso representa um universo de mais de 859 mil pessoas.
Essas pessoas tinham em comum o amparo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), órgão criado em 1999, com a missão de avaliar o desenvolvimento da política nacional para inclusão da pessoa com deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana dirigidos a esse grupo social.
Hoje, tudo isso sumiu na poeira da rua, desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro, extinguiu o Conade.
A extinção do Conselho tará dificuldades para as entidades que atuam na defesa das pessoas portadoras de deficiência, considerando que o processo de inclusão dessa clientela não terá mais o acompanhamento do Conade.
Para se ter uma ideia, o conselho desenvolvia uma política de investimentos na ordem de R$ 20 milhões. Os recursos eram drenados para o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
Agora, sem conselho, sem recursos.
Certamente, as entidades que atuam em defesa dos deficientes físicos enfrentarão sérios problemas de gestão.
éassim