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25/06/2007 00:00:00

Economia


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Concursos previstos para os próximos meses ou com inscrições abertas vão criar cerca de oito mil vagas em inúmeras áreas — das Forças Armadas a órgãos da alta administração. As ofertas são uma festa para quem está em cima dos livros na esperança de obter emprego no setor público. Mas é preciso planejamento e cuidado ao estudar. Candidatos devem se inscrever em seleções para áreas correlacionadas e evitar material didático pirata. Caso contrário, o esforço é desperdiçado.

O melhor a fazer quando se decide estudar para prestar concurso público é pedir indicações de quem já enfrentou essa maratona. A dica é do professor de Direito Carlos Eduardo Guerra, o Guerrinha, presidente da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos). “Todo mundo conhece alguém que já foi aprovado e se tornou servidor. Então, não custa nada pedir orientação para saber como se preparar”, destaca o professor.

Guerrinha também recomenda atenção com os produtos piratas — material didático não-oficial, hoje vendido até por ambulantes. “Tem muito aventureiro no mercado , uma verdadeira indústria da pirataria. Livros e cursos devem ser oficiais”, aconselha ele.

As ofertas, sempre mais baratas, seduzem muita gente. Mas as apostilas são copiadas, e existem até aulas gravadas clandestinamente em CDs de áudio à venda, alerta o presidente da Anpac: “Esse material não é atualizado. São produtos desconhecidos, sem garantia. O barato sai caro. Não é assim que se estuda”.

Antecipar os estudos é outra dica de Guerrinha. Para alguns, os primeiros exames servem para “amaciar o motor”. “Os candidatos estão cada vez mais bem preparados. Tem muita gente que só faz isso”, observa.

Mas nem todo mundo pode se dar ao luxo de deixar um emprego para apostar nesse caminho. Em geral, a decisão é tomada com apoio da família. É o caso de José Alfredo Fuentes Lima, 29 anos, formado em Contabilidade pela Uerj. Ele trocou a consultoria onde trabalhava e a perspectiva de uma excelente carreira no setor privado pela jornada diária de oito horas de estudo, na esperança de conquistar vaga na área fiscal do governo.

“Estou me concentrando em seleções que cobram matérias parecidas. Tem que ter foco e também fazer planejamento. Estudar de forma dispersiva por 12 horas vale muito menos do que dedicar oito horas com organização”, diz o candidato.

Nas oito horas diárias em que passa debruçado sobre livros e apostilas, José Alfredo cronometra o tempo. As tarefas são cumpridas como se ele estivesse na empresa . “Tenho hora para começar a estudar e para trocar de matéria. No início, é difícil mesmo. Mas, aos poucos, a pessoa vai se acostumando e se disciplina”, garante.

Fonte: O Dia



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