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Maceió
20/04/2019 15:00:00

Procissão leva multidão de fiéis ao centro de Maceió

Arcebispo convocou comunidade católica à reflexão sobre ensinamentos de Jesus Cristo


Procissão leva multidão de fiéis ao centro de Maceió
Procissão em Maceió

Fiéis compareceram à Catedral Metropolitana de Maceió, na tarde desta sexta-feira (19), para a tradicional procissão do Senhor Morto. A multidão percorreu as ruas do Centro, dando continuidade aos ritos da Semana Santa. Para os católicos, a Sexta-feira da Paixão é um dia de reflexão e oração, em que eles refletem sobre os ensinamentos e sobre o sacrifício de Jesus Cristo. 

A programação começou cedo, ao meio-dia, com o chamado 'Ofício da Agonia'.  Às 15h, os fiéis participaram da Celebração da Paixão e Morte de Jesus, para em seguida, saírem em peregrinação.

"Quando a Igreja celebra e vivencia a Paixão, ela não está fazendo uma simples recordação. Ela celebra o Nosso Senhor, sua vida, morte e ressurreição. A procissão é parte importante nesse contexto, já que é nela que resgatamos o significado do sacrifício de Jesus e compartilhamos da comunhão pregada pelo filho de Deus", explicou o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz.

Devotos de todas as idades lotaram a ladeira da Catedral, aguardando a saída da procissão. No séquito, imagens de Nossa Senhora e de Jesus Cristo foram carregadas pelos fiéis, muitos deles estavam descalços, vestidos de branco, fazendo promessas ou agradecendo pelas graças recebidas.

Maria das Dores, de 72 anos, moradora do Graciliano Ramos, vai todos os anos acompanhar a procissão. Neste ano, o pedido é especial. "Todo ano eu venho pedir por saúde, mas, eu caí há 4 meses e tenho sentido muita dor. Minha prece maior é que Nossa Senhora cure essa lesão no meu braço, cure minha cabeça porque eu estou com muito esquecimento. Mas eu tenho fé, muita fé que Nossa Senhora vai ajudar na minha causa", disse a devota.

As irmãs Daniele Mendes e Joseane Rodrigues vieram representando a Comunidade Católica Shalom, que tem base em Fortaleza, mas representação por todo o Brasil. Para elas a intenção é se unir à dor de Maria, além de pedir pelos anseios da comunidade.

"Durante a procissão, a gente vai colocando todo o sofrimento das pessoas, os pedidos delas, vamos mentalizando o que a nossa comunidade precisa, baseadas não só no que pedem, mas no que a gente conhece deles também. Além disso, é pra nos unirmos à Maria, pela graça de Jesus ressuscitado, pela dor dela que deu o filho por nós", disse Daniele.

Reflexão

Reflexão e devoção marcaram a procissão da Paixão de Cristo em Maceió

FOTO: AILTON CRUZ

Para Dom Antônio Muniz, o Brasil e o mundo precisam lembrar do que ensinou Jesus Cristo, para experimentarem o que chamou de "ressurreição". Segundo ele, o momento do país pede reflexão e memória.

"Vivemos no mundo e no Brasil uma grande morte, mas ainda não experimentamos a ressurreição. Enquanto celebramos, uma grande multidão morre de fome, uma grande multidão é excluída, marginalizada, discriminada pela cor, pelo que pensa. Então vivemos em uma sociedade marcada constantemente pela morte e todos esses sinais de recordação da morte de Jesus são muito palpáveis para nós. É preciso também usar esse momento para refletir sobre como estamos agindo com nossos irmãos e irmãs", ponderou o reverendo.

O percurso no Centro foi viabilizado por agentes e viaturas da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT). A PM de Alagoas também participou do evento, com militares acompanhando toda a procissão e com a Banda da Polícia Militar, que tocou canções religiosas.

Gazetaweb



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