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Saúde
15/04/2019 15:00:00

Avanços permitem tratamentos oncológicos mais eficazes e menos agressivos

Com foco nas características genéticas do tumor, é possível combatê-lo com precisão, seja com quimioterapia, seja com métodos inovadores


Avanços permitem tratamentos oncológicos mais eficazes e menos agressivos

Por décadas, o principal tratamento para a maioria dos tumores foi a quimioterapia. O coquetel de medicamentos, que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, gera resultados positivos em grande parte dos casos da doença, mas desanima os pacientes devido aos efeitos colaterais envolvidos. Graças ao avanço da ciência, essa opção não é mais a única saída para a luta contra os cânceres. Mapeamentos genéticos, radioterapia, crioterapia e medicamentos que impulsionam o sistema imune geram resultados positivos na área oncológica ao reduzir custos e aumentar a qualidade de vida.

O mapeamento genético é uma das tecnologias mais exploradas na área médica e trouxe ganhos para diversas áreas, incluindo a oncologia. Com essa técnica, abordada durante o Workshop Latino-Americano sobre Oncologia de Precisão, realizado em Miami na semana passada, os cientistas conseguem identificar quais os genes envolvidos em cada tipo de tumor. Os especialistas explicam que, quando ocorre uma alteração genética, isso pode levar ao surgimento de mutações. Como resultado, as células doentes se proliferam e causam os tumores.

A identificação das proteínas responsáveis pelas variações nos genes permite aos cientistas testar moléculas que podem combatê-las. Um exemplo desses alvos é a quinase do receptor de tropomosina (TRK), substância que, ao se fundir com outros genes, provoca uma mutação chamada de NTRK, que leva ao surgimento de diversos tipos de cânceres sólidos, como pulmão, tireoide, cólon, cérebro e pâncreas.

Em fevereiro de 2018, um estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine testou o uso da molécula larotrectinib para tratar pacientes com tumores que se caracterizam pela fusão de TRK. Usado em 55 pacientes, 75% deles apresentaram redução do câncer e 22% mostraram remissão total. Devido ao sucesso nos testes, o fármaco já foi aprovado pela agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA) e está em processo de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Por Correio Braziliense



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