Em julgamento realizado hoje, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a condenação do Cabo Luiz Pedro como mandante do assassinato do pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, crime ocorrido em agosto de 2004.
O ex-militar havia sido condenado a 26 anos e cinco meses, pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado em setembro de 2015.
Recorreu da sentença, mas hoje o TJ confirmou a pena de prisão, reduzindo-a para 22 anos, 9 meses e 15 dias.
Segundo o advogado João Uchôa, que atuou no julgamento de hoje como assistente de acusação, tão logo sejam apreciados os recursos a serem apresentados no próprio TJ, ele vai solicitar a prisão do Cabo Luiz Pedro, “no cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (prisão após condenação no 2º grau.”
Na sessão de hoje, o desembargador Washington Luiz deu seu voto pela condenação, apontando para a redução da pena em função da prescrição do crime de sequestro – também julgado pelo Tribunal do Júri.
A votação foi unânime: além dele os desembargadores José Carlos Malta, Sebastião Costa Filho (relator), e João Luiz de Azevedo Lessa se manifestaram pela manutenção da condenação.
O grande ausente
Como destacou o advogado, o pai da vítima, seu Sebastião Pereira, foi o grande responsável para que o julgamento acontecesse, nunca desistindo de tentar levar os réus – Cabo Luiz Pedro, principalmente – a julgamento.
Ele esteve presente na condenação do ex-militar pelo Tribunal de Júri, mas morreu em junho de 2017, ser ver a a decisão de hoje do Tribunal de Justiça.
O caso é um dos mais emblemáticos – e arrastados – do Judiciário alagoano, e se chegou até aqui, isso se deve ao seu Sebastião Pereira.
TNH1 - Ricardo MNota