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Violência
09/04/2019 07:55:00

Em AL, quase 200 casos de violência sexual contra crianças são registrados por ano


Em AL, quase 200 casos de violência sexual contra crianças são registrados por ano

Em média, quatro casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são registrados por semana, em Alagoas, segundo informações da Rede de Assistência às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS).  Anualmente, esse registro chega a quase 200 casos de agressão. Esses números levantam um debate acerca do envolvimento dos pais, familiares e professores para que possam identificar, ao menor sinal, possíveis casos dessa prática violenta.

De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), as principais vítimas dessa violência são as crianças e adolescentes do sexo feminino.

Assédio nas escolas

Nesta sexta-feira (5), um grupo de meninas, estudantes da Escola SEB Maceió, denunciou, por meio das redes sociais, a falta de amparo por parte da instituição por negligenciar apoio às vítimas de bullying e violência sexual.

O caso repercutiu em todo o Estado e o colégio emitiu uma nota alegando que repudia qualquer ato de bullying e assédio sexual contra qualquer aluno ou colaborador. O colégio ainda ressaltou que palestras e projetos já são desenvolvidos dentro da unidade de ensino como forma de prevenção de conscientização.

Segundo a publicação, os casos de práticas violentas acontecem há cerca de três anos. As alunas chegaram a realizar um ato de manifestação no colégio, onde sentaram no chão de um corredor e, através de gritos em conjunto e papéis colados nas paredes, anunciaram que não iriam embora e tampouco iriam se calar.

Conforme a denúncia, os alunos do sexo masculino do colégio saiam impunes após acariciarem,  sem a permissão das meninas. "Uma quantidade absurda de meninas caladas por medo, vergonha e outros motivos. As que batiam no peito pra delatar o ocorrido eram desacreditadas", informou a mensagem. 

Ainda de acordo com a publicação, as alunas iam até a coordenação da instituição para denunciar a prática do assédio. Porém, as vítimas eram questionadas se estavam participando da "brincadeira", pois não tinham se pronunciado sobre os casos antes. "Assédio sexual não é BRINCADEIRA. Assédio sexual É CRIME e todas nós queremos justiça", destacou as alunas.

Confira, na íntegra, a nota emitida pelo colégio:

A Escola SEB Maceió vem a público esclarecer que repudia qualquer ato de bullying e assédio contra quaisquer um de seus alunos ou colaboradores.

Somos atentos a todas as necessidades de pais e alunos no âmbito pedagógico e prontamente nos reunimos com as partes para ouvi-las e tomar as devidas providências, culminando na suspensão dos alunos envolvidos.

Gostaríamos de salientar que um trabalho de prevenção e conscientização sobre essa prática já é presente na escola com projetos e palestras desenvolvidos ao longo do ano e que, durante toda a próxima semana, contaremos com a presença e a orientação de uma psicóloga junto às turmas. Reforçamos o trabalho que a escola desempenha junto aos seus alunos no combate a práticas abusivas com uma formação humana, ética e responsável, priorizando acima de tudo o bem-estar dos alunos e suas famílias.

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