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04/04/2009 00:00:00

Saúde


Saúde

Denise Grady Do 'New York Times'

Uma operação, antes aparentemente promissora, para tratar a falência cardíaca agora, conforme se descobriu, não ajuda os pacientes, segundo novos relatos médicos. A operação, conhecida como reconstrução ventricular, remodela a principal câmara de bombeamento do coração na esperança de fazê-lo funcionar melhor. Por cerca de 20 anos, cirurgiões têm realizado esse procedimento em alguns pacientes com falência cardíaca que já estão se submetidos a pontes de safena para tratar artérias coronárias bloqueadas.

Cerca de cinco milhões de americanos têm falência cardíaca. Ela contribui para 287 mil mortes a cada ano. As causas incluem danos causados por ataques cardíacos, artérias coronárias bloqueadas, válvulas cardíacas prejudicadas, pressão alta e diabetes. Como resultado, o coração aumenta de tamanho, tem cicatrizes, fica deformado e fraco demais para bombear sangue suficiente. Os pacientes podem ter falta de ar e enfrentar problemas para andar. Os médicos esperavam que a reconstrução, através da restauração do tamanho e da forma natural do coração, ajudasse as pessoas a se sentirem melhores e sobreviverem por mais tempo.

No entanto, segundo um importante estudo, no qual mil pessoas foram aleatoriamente determinadas a passar pela reconstrução e pela ponte de safena, ou somente pela ponte de safena, os pesquisadores monitoraram os pacientes por uma média de 48 meses para verificar quantos morriam ou dariam entrada novamente no hospital. Eles também observaram sintomas e a capacidade de se exercitar.

Não houve diferenças entre os dois grupos. Os índices de morte e re-hospitalização foram os mesmos, e os sintomas melhoraram de forma igual em ambos os grupos. Porém, os pacientes que passaram pela reconstrução passaram mais tempo na mesa de cirurgia e no hospital.

Alguns cirurgiões afirmam que pacientes com cicatrizes graves no coração, que não foram estudados, podem se beneficiar do estudo.

Todavia, realizar a cirurgia de forma rotineira "não se justifica", escreveu Howard J. Eisen numa coluna publicada online na última sexta-feira no "The New England Journal of Medicine". Eisen, que não participou do estudo, é cardiologista da faculdade de medicina da Drexel University na Filadélfia. Um artigo sobre o estudo também foi publicado no jornal, e as descobertas foram apresentadas domingo passado numa conferência em Orlando, Flórida.

com G1

 



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