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Economia
12/03/2019 19:30:00

7 cuidados para você tomar ao comprar um carro usado ou seminovo

Busca pelo veículo dos sonhos precisa ir muito além do modelo e da cor desejadas


7 cuidados para você tomar ao comprar um carro usado ou seminovo

O mercado de carros usados ou seminovos tem algumas peculiaridades que o diferenciam do público que está acostumado a adquirir veículos zero quilômetro.

Se no caso da compra do carro novo basta chegar à concessionária de sua preferência, escolher o modelo e a cor desejadas, a busca por um veículo que já tenha passado pelas mãos de outra pessoa exige um olhar muito mais atento.

Por mais bonito que o carro esteja à primeira vista, e por mais cuidados que o consumidor tome, a compra de um carro usado ou seminovo (explicaremos a diferença logo abaixo) pode causar muitas dores de cabeça se alguns pontos fundamentais deixarem de ser observados.

Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), para ser considerado seminovo, um veículo deve estar enquadrado dentro de pelo menos 3 requisitos básicos:

  • Ter no máximo 3 anos de fabricação;
  • Ter tido um único dono;
  • Ter rodado, no máximo, 20 mil quilômetros por ano.

Os carros que não atendem a esses requisitos não são considerados seminovos, e sim usados. Isso não significa, no entanto, que ele não atenda às suas expectativas.

A Fenabrave alerta que um veículo usado pode até ter um estado de conservação melhor do que um seminovo, pois isso depende muito da forma como os donos cuidaram da manutenção periódica do carro.

Para quem está buscando por um carro de “segunda mão” — usado ou seminovo —, o HuffPost Brasil preparou algumas dicas que poderão te ajudar a minimizar o erro e encontrar o que procura sem maiores problemas no futuro.

KCHANDE VIA GETTY IMAGES
Antes de fechar negócio, é necessário conferir a procedência do carro usado.

Procedência

Antes mesmo de sentar no carro para aquela tradicional voltinha de teste, é fundamental saber a procedência do veículo. Como? Pedindo à loja - ou ao proprietário - os documentos do carro.

Com eles em mão, e a ajuda de um profissional, será possível rastrear todo o histórico do carro desde a saída da concessionária: dívidas, multas pendentes, licenciamentos não pagos, se foi furtado alguma vez e por aí vai.

Apenas após fazer essa primeira checagem é recomendável abrir conversas para, quem sabe, fechar a compra de seu novo carro.

Facilidade de revenda

Antes de comprar o carro, dê uma pesquisada sobre a aceitação do modelo desejado no mercado. Se a desvalorização dele for muito grande ou a dificuldade de revenda também for alta, é melhor repensar e procurar por uma nova opção, mesmo que não seja a sua favorita.

KARIMPARD VIA GETTY IMAGES
É muito maior a dificuldade de venda de carros usados de cores vibrantes.

Prefira as cores mais neutras

Se para sair à noite um “pretinho básico” é sucesso absoluto tanto para homens quanto para mulheres, o mesmo se aplica ao mercado automotivo. A cor preta, junto da prata, são as mais procuradas no mercado e as que menos desvalorizam.

As montadoras, quando lançam veículos novos, até ousam em cores um pouco mais chamativas (vermelho, amarelo, laranja), mas essas acabam sofrendo uma depreciação maior no mercado justamente por atender a um leque menor de consumidores.

A cor branca, por outro lado, apesar de ser bem vendida em veículos zero quilômetro, encontra certa resistência no mercado de usados ou seminovos, pelo medo de “ter sido táxi” nas mãos de um antigo dono — algo que é rapidamente descartado se uma boa pesquisa for feita com o documento em mão.

Leve um mecânico de confiança com você

São poucas as lojas que permitem que você leve o carro a um mecânico antes de comprá-lo. Mas nenhuma pode proibir o cliente de estar acompanhado de um profissional de sua preferência na hora da avaliação.

Leve seu mecânico contigo na hora de fechar o negócio, pois ele certamente saberá algumas coisas que um leigo não detectaria apenas no olhar - ou no escutar - do som do motor, por exemplo.

“Uma dica importante é passar a mão por fora do escapamento para ver se há vazamento de óleo”, contou Douglas Quirino, proprietário da Injetrônic Serviços Automotivos, alertando o consumidor para também dar uma verificada no estado geral de conservação dos pneus.

ASSOCIATED PRESS
Carros que passaram por enchentes devem ser evitados. Para isso, recomenda-se focar no odor, bancos e itens de tapeçaria.

Cheque cuidadosamente a lataria do carro

É muito raro um vendedor ou proprietário de um carro que está à venda ser completamente honesto com o comprador, principalmente quando a inevitável pergunta surge na conversa: “Esse carro já foi batido?”.

Para não ser enganado e acabar comprando um veículo “pizza” (aquele que está todo cheio de massa por causa de múltiplas batidas), o truque é observar o carro de dia, em uma boa luz, e com ele seco e limpo.

Essa é a forma mais fácil de identificar possíveis alterações na pintura que certamente irão denunciar se o carro já foi batido.

A presença de um mecânico ao seu lado mais uma vez será de grande utilidade nesse quesito, pois ele tem experiência para observar até mesmo a gravidade de uma eventual colisão que o carro desejado tenha sofrido.

Fuja de carros que passaram por enchente

Em cidades como São Paulo, não é incomum encontrar no mercado carros que passaram por enchentes.

Para escapar dessa verdadeira furada, o truque é sentir, literalmente, o cheiro do carro. Por melhor que tenha sido o trabalho de lavagem após a enchente, o odor característico acaba permanecendo.

Para disfarçar um pouco, o dono tenta, na hora da venda, se utilizar de truques como sachês cheirosinhos.

Nesse caso, preste bastante atenção à tapeçaria e aos bancos, que dificilmente voltam aos estados originais após terem sido vítimas de alagamentos.

Test-drive

Esse é o último passo. Aprovada a procedência do carro e verificados os itens básicos de segurança, é fundamental saber se ele vai atender aos seus desejos, e isso você só saberá sentando no banco do motorista e acelerando.

A ideia do test-drive em um carro usado ou seminovo não é descobrir defeitos graves, como câmbio avariado ou suspensão danificada, e sim saber como você se sente dirigindo um veículo que certamente passará um bom tempo contigo. Se não houver “química” entre você e o carro, nem adianta pensar em fazer negócio.

https://www.huffpostbrasil.com 



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