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Especial
28/02/2019 12:00:00

Pais dormem mal por seis anos após o nascimento dos filhos


Pais dormem mal por seis anos após o nascimento dos filhos

Após terem seu primeiro filho, a mãe e o pai levam em média seis anos para recuperar a duração e a qualidade do sono que tinham antes da gravidez, apontou uma pesquisa da Universidade de Warwick, na Inglaterra, com apoio do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW).

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O estudo, publicado nesta segunda-feira (25/02) na revista científica Sleep, analisou dados coletados na Alemanha com pais que tinham acabado de ter seu primeiro, segundo ou terceiro filho. Mais de 2.500 mulheres e 2.200 homens foram entrevistados presencialmente uma vez por ano durante o período de 2008 a 2015.

Os participantes tiveram de avaliar a qualidade do sono em uma escala de 0 a 10, e foram questionados sobre quantas horas, em média, eles dormem em um dia normal da semana e em um dia normal no fim de semana.

"Embora ter filhos seja uma grande fonte de alegria para a maioria dos pais, as exigências e responsabilidades associadas a esse papel levam a um sono mais curto e a uma menor qualidade do sono até seis anos após o nascimento do primeiro filho", diz Sakari Lemola, um dos autores do estudo.

A pesquisa também concluiu que, a curto prazo, o nascimento tem efeitos mais fortes no sono das mães. Nos três primeiros meses após darem à luz, as mulheres dormem em média uma hora menos do que antes da gravidez, enquanto a duração do sono dos pais sofre um decréscimo de 15 minutos.

"As mulheres tendem a experienciar mais distúrbios do sono do que os homens após o nascimento de uma criança pois as mães ainda exercem o papel de cuidadora principal com mais frequência do que os pais", afirma Lemola, do Departamento de Psicologia da Universidade de Warwick.

Com filhos entre 4 e 6 anos de idade, a duração do sono das mães ainda é cerca de 20 minutos mais curta em comparação com antes da gravidez, enquanto a dos pais segue 15 minutos menor.

Os efeitos da maternidade e da paternidade no sono foram mais acentuados em pais de primeira viagem do que em pais experientes. Nos primeiros seis meses do bebê, os efeitos também foram mais fortes em mães que amamentam do que em mães que não o fazem.

A pesquisa concluiu ainda que fatores financeiros (como uma maior renda familiar) ou psicossociais (como a mãe que conta com o pai na criação dos filhos) não parecem proteger os pais de terem seu sono afetado durante os primeiros anos da criança.

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