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Alagoas
19/02/2019 14:00:00

Déficit previdenciário chega a R$ 1,35 bilhão em Alagoas


Déficit previdenciário chega a R$ 1,35 bilhão em Alagoas
Secretário da Fazenda George Sontoro

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) aponta que, em Alagoas, para cada 100 servidores ativos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), há 81 aposentados ou pensionistas. A informação foi veiculada nesta segunda-feira, 18, pelo Valor Econômico.

De acordo com George Santoro, secretário da Fazenda de Alagoas, desde 2004 os Estados passaram a promover a chamada segregação de massas. Em Alagoas, essa separação foi implantada efetivamente em 2011, o que criou um período de transição no qual a pressão sobre o déficit previdenciário é maior. 

Isso porque, segundo Santoro, os novos contratados passam a ter as suas contribuições atreladas a um fundo de capitalização, o que é benéfico no longo prazo. Os servidores que entram no fundo de capitalização não contribuem mais para o sistema de repartição simples aplicado para o contingente anterior de funcionários públicos.

Conforme o secretário, o déficit previdenciário projetado para Alagoas este ano é de R$ 1,35 bilhão. No ano passado, foi de R$ 1,2 bilhão.

Santoro avalia que, além da reforma previdenciária, é necessária uma revisão da estrutura de carreiras em cada um dos Estados, de forma a gerar maior produtividade e realocação de servidores. "A reforma é fundamental. Pontos como idade mínima para aposentadoria e mudança de regras para professores e militares, carreiras em que hoje os servidores se aposentam mais cedo, terão grande impacto nos Estados".

Ao mesmo tempo, ele diz que é preciso alterar carreiras cujos vencimentos se elevam muito mais quando se está próximo do momento em que o servidor se aposenta. "Isso causa desproporção entre a contribuição e o benefício."

A reportagem aponta ainda que em 2005, para cada 100 servidores estaduais ativos havia 58 aposentados ou pensionistas no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos Estados. Essa proporção de inativos avançou e em 2017 chegou a 88 para cada 100 ativos. O dado considera o agregado de todos os Estados e Distrito Federal.

Extra Alagoas



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