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Especial
14/02/2019 12:30:00

Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual firma parceria com Seduc


Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual firma parceria com Seduc

Conforme dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), publicado em junho de 2018, o perfil majoritário das vítimas de violência sexual em Alagoas é de crianças e adolescentes do sexo feminino. Considerando essa realidade, a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou uma articulação junto à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), com o intuito de sensibilizar e informar professores e diretores sobre a violência sexual infantojuvenil.

A reunião, que aconteceu na Superintendência de Políticas da Seduc, localizada no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), no bairro Farol, foi conduzida pela coordenadora da RAVVS, Camile Wanderley, e contou com representantes da Superintendência da Rede Estadual de Ensino (Sure), da Superintendência de Políticas Educacionais (Suped) e da Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Não Transmissíveis (GDANT).

De acordo com Camile Wanderley, quando o professor, em sala de aula, observa que a criança ou adolescente foi violentado por algum familiar dentro de casa, ele tem dificuldade de encaminhá-los para um Centro de Referência, visto que não sabe qual melhor atitude tomar.

“Quando esse jovem começa a apresentar comportamentos diferentes dos quais não tinha antes, é preciso ligar o sinal de alerta. Não significa necessariamente que ele foi ou esteja sendo abusado. No entanto, vale a pena investigar para que seja dado todo o suporte necessário à criança ou adolescente, porque a violência sexual compromete não só o rendimento escolar, mas, também, o desenvolvimento dos aspectos psicológicos e sociais dessas pessoas”, afirmou a coordenadora da RAVVS.

Ainda segundo Camile Wanderley, a parceria objetiva promover capacitações com orientações sobre a abordagem e os procedimentos que devem ser realizados ao identificar um estudante que tenha sofrido esse tipo de violência. À vista disso, pretende-se que essas crianças e adolescentes possam ser acompanhados o mais breve possível, reduzindo assim o impacto psicossocial na vida desses jovens. A coordenadora da RAVVS salientou que o trabalho também vai ajudar a combater e a prevenir outros tipos de violência dentro das escolas.

“Infelizmente as crianças e os adolescentes ainda são as vítimas que mais sofrem violência sexual em nosso Estado. Portanto, a escola precisa ser um ator importantíssimo, porque, se conseguirmos buscar mais profissionais para serem multiplicadores, tendo um olhar diferenciado no que diz respeito ao comportamento desses jovens, vamos evoluir bastante”, garantiu a coordenadora da RAVVS.

Ascom 

Repórrter Maceió



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