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Especial
09/02/2019 09:00:00

“Pode acontecer acidente grave sem aviso prévio durante chuvas”, alerta geólogo


“Pode acontecer acidente grave sem aviso prévio durante chuvas”, alerta geólogo
Pesquisadores do serviço geologico

Os pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) entraram em uma nova etapa nos trabalhos de investigação do subsolo no bairro Pinheiro, em Maceió. Para explicar a dinâmica dos estudos, a equipe se reuniu com a imprensa na tarde desta sexta-feira, 8, na Sala de Reuniões da prefeitura, no Jaraguá.

Segundo Thales Sampaio, geólogo da CPRM, o plano de evacuação, que deve acontecer no sábado, 16 de fevereiro, não irá interferir nas pesquisas. Até o momento, os estudiosos identificaram três hipóteses para o bairro estar “afundando”.

São elas: a exploração de água subterrânea; a existência de cavernas, naturais ou causadas pelo homem; e estruturas geológicas antigas, antes da formação do continente americano.

“Um satélite interferométrico, apontado para o Pinheiro, está nos ajudando a investigar as movimentações do solo ocorridas nos últimos dois anos. O satélite dirá quantos milímetros o solo se moveu e para onde se moveu. Antes do Carnaval, teremos as imagens. Ele [satélite] não ajuda nas causas, mas diz pra onde o bairro está se movimentando”, explicou Sampaio.

O geólogo também alertou sobre riscos de acidentes no Pinheiro. “As estruturas do bairro estão sendo lubrificadas pelas chuvas. Isso pode intensificar essa movimentação de terra. Pode acontecer um acidente grave nas áreas vermelha e laranja sem aviso prévio”, destacou.

O serviço geológico norte-americano também enviará pesquisadores para ajudar a examinar o resultado dos trabalhos. “O que está acontecendo no bairro será usado como exemplo para o mundo”.

Métodos

Os estudos no solo do Pinheiro, até o momento, foram realizados até 100 metros de profundidade. E as próximas etapas serão de geofísica. São métodos mais sensíveis e específicos que podem investigar até 1500 metros. Essa profundidade é abaixo da camada de salgema explorada pela Braskem.

Para a gravimetria será necessária interrupção de algumas vias. É um método não invasivo que estuda as variações da aceleração de gravidade ponto a ponto sobre a superfície terrestre. É usado para verificar também a densidade das rochas ou alvos de interesse.

Os pesquisadores ainda farão testes audiomagnetotelúrico, que usam diferentes métodos para obter informações das estruturas, como falhas, fraturas ou deslocamento e quebras. 

Extra Alagoas



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