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24/03/2009 00:00:00

Saúde


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Após pesquisas realizadas por técnicos do Ministério da Saúde (MS), que comprovaram a resistência do mosquito Aeds aegypti – transmissor da dengue – ao inseticida Temefós, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) decidiu substituí-lo na Capital e em 11 municípios da Grande Maceió. Assim, num prazo de 30 dias, Maceió e os municípios que integram a região metropolitana passarão a utilizar o Difubenzuron, que além de ser mais eficaz, apresenta cotação orçamentária menor do que o inseticida utilizado atualmente e, portanto, trarão economia aos cofres públicos.

 

As diretrizes que culminarão com esta mudança foram traçadas nesta terça-feira (24), durante encontro realizado com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira; a técnica do Ministério da Saúde, Ima Braga, e os responsáveis pelas Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios que passarão a utilizar o novo inseticida. Durante a reunião, que aconteceu no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Maceió, foram destacados os motivos da substituição, além de serem apresentadas as novas técnicas que os agentes de endemias irão utilizar para aplicar o produto quando estiverem percorrendo as residências.

 

“Após testes realizados em Brasília, na sede do Ministério da Saúde, verificou-se que o Aeds aegypti estava resistente ao Temefós e, por isso, estamos realizando esta substituição, pois nosso objetivo é combater a proliferação do mosquito e, consequentemente, diminuir os casos de dengue em Maceió e nos 11 municípios que integram a região metropolitana, uma vez que dos 655 casos notificados, de janeiro até agora, 407 aconteceram em Maceió”, ressaltou a diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira.

 

Ela tranquilizou a população quanto à substituição do inseticida, uma vez que, segundo a coordenadora, “o novo inseticida não trará efeitos colaterais à população, além de ter maior eficácia e um custo menor aos cofres públicos”, evidenciou.

 

Difubenzuron

 

O novo inseticida, cuja fórmula foi desenvolvida em 1976, nos Estados Unidos da América (EUA), pode ser encontrado na forma de pó, a exemplo do Temefós, ou em solução líquida. Ele deve ser colocado nos reservatórios de água, assim como acontece atualmente, e a partir de então, passará a modificar a constituição genética do Aeds aegypti, que não conseguirá se desenvolver até a fase adulta e não será um vetor de transmissor da dengue.

 

Segundo a técnica do Ministério da Saúde, Ima Braga, que treinou os supervisores das vigilâncias epidemiológicas de Maceió e dos 11 municípios metropolitanos onde ocorrerão as substituições, o novo inseticida já mostrou a sua eficácia em Arapiraca, primeiro município alagoano a utilizá-lo. “Temos a certeza que o Difubenzuron irá agir de forma eficaz, assim como já ocorre a três anos em Arapiraca. No entanto, os municípios terão que cumprir as suas atribuições, seja capacitando os agentes de endemias, adquirindo os insumos, a exemplo de luvas, e principalmente cumprindo os prazos especificados pelo Ministério da Saúde”, ressaltou.

 

Ascom-Sesau


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